Medicina (Jun 2013)

Esquistossomose hepática como achado ocasional de fígado de doador para transplante

  • Ivelise R. C. Brasil,
  • Larissa R. Nepomuceno,
  • Rodrigo T. Schüller,
  • Ticiana M. Esmeraldo,
  • Romero M. Esmeraldo,
  • Ronaldo M. Esmeraldo

DOI
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v46i2p178-182
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 2

Abstract

Read online

Introdução: A prevalência de cirrose criptogênica varia de 5% a 30% dos pacientes cirróticos nas séries históricas. O transplante hepático representa a única opção em reverter a insuficiência hepatica e suas complicações em pacientes cirróticos em estágio avançado. A esquistossomose mansônica no Brasil é um problema endêmico de saúde pública,particularmente na região nordeste do país.Apresenta-se relato de caso de paciente do sexo masculino admitido ao Hospital Geral de Fortaleza, Ceará , Brasil,com cirrose criptogênica classificada como Child Turcotte-Pugh C, com MELD 25, submetido a transplante hepático com fígado de doador portador de esquistossomose como achado ocasional da biópsia padrão. Foi revisada a história clínica e exame físico na admissão, resultados de exames laboratoriais e dados do seguimento clínico.Como conclusão, as infecções parasitárias em órgãos sólidos transplantados tem aumentado nos últimos anos. É muito importante realizar o controle da qualidade dos órgãos e tecidos utilizados em transplantes, assim como desenvolver técnicas de diagnóstico, tratamento e profilaxia, especialmente em transplante hepático, em vista da alta prevalência de infecções parasitárias em nosso país, com intuito de prevenir outras co-morbidades e aumentar a sobrevida dos pacientes transplantados. Em regiões endêmicas, os potenciais doadores de receptores que têm esquistossomose ativa devem ser preventivamente tratados.

Keywords