Neotropical Ichthyology (Jan 2011)

Sound production and pectoral spine locking in a Neotropical catfish (Iheringichthys labrosus, Pimelodidae)

  • Javier S. Tellechea,
  • Franco Teixeira-de Mello,
  • Iván Gonzalez-Bergonzoni,
  • Nicolás Vidal

Journal volume & issue
Vol. 9, no. 4
pp. 889 – 894

Abstract

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Catfishes may have two sonic organs: pectoral spines for stridulation and swimbladder drumming muscles. The aim of this study was to characterize the sound production of the catfish Iheringichthys labrosus. The I. labrosus male and female emits two different types of sounds: stridulatory sounds (655.8 + 230 Hz) consisting of a train of pulses, and drumming sounds (220 + 46 Hz), which are composed of single-pulse harmonic signals. Stridulatory sounds are emitted during abduction of the pectoral spine. At the base of the spine there is a dorsal process that bears a series of ridges on its latero-ventral surface, and by pressing the ridges against the groove (with an unspecialized rough surface) during a fin sweep, the animal produce a series of short pulses. Drumming sound is produced by an extrinsic sonic muscle, originated on a flat tendon of the transverse process of the fourth vertebra and inserted on the rostral and ventral surface of the swimbladder. The sounds emitted by both mechanisms are emitted in distress situation. Distress was induced by manipulating fish in a laboratory tank while sounds were recorded. Our results indicate that the catfish initially emits a stridulatory sound, which is followed by a drumming sound. Simultaneous production of stridulatory and drumming sounds was also observed. The catfish drumming sounds were lower in dominant frequency than stridulatory sounds, and also exhibited a small degree of dominant frequency modulation. Another behaviour observed in this catfish was the pectoral spine locking. This reaction was always observed before the distress sound production. Like other authors outline, our results suggest that in the catfish I. labrosus stridulatory and drumming sounds may function primarily as a distress call.Bagres podem apresentar dois órgãos sonoros: o espinho peitoral para o som peitoral ou estridulatório e o músculo sonoro da bexiga natatória. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a produção de som no bagre Iheringichthys labrosus. Essa espécie emite dois sons diferentes, o som peitoral ou estridulatório (655,8 + 230 Hz) que consiste numa série de pulsos, e o som de tamboril (220 + 46 Hz) que é composto por sinais harmônicos de pulso simples. O som peitoral é emitido com o movimento do espinho da nadadeira peitoral. A base do espinho possui um processo dorsal que suporta uma série de cristas na sua superfície lateroventral, e ao pressionar as cristas contra o sulco (com uma superfície rugosa não especializada) durante o movimento de abertura da nadadeira, se produz uma série de pulsos curtos. O som de tamboril é produzido por um músculo sônico extrínseco, originado em um tendão plano preso ao processo transversal da quarta vértebra e inserido nas superfícies rostral e ventral da bexiga natatória. Os sons são emitidos por ambos os mecanismos em situação de estresse, a qual foi induzida através da manipulação dos peixes em um tanque no laboratório, enquanto os sons eram gravados. Nossos resultados indicam que o bagre emite primeiro o som peitoral e em seguida o som de tamboril. Também foi observada a produção simultânea dos sons estridulatório e de tamboril. O som de tamboril mostra uma frequência dominante mais baixa do que o som peitoral, e também apresenta um grau menor de modulação de frequência dominante. Isso pode estar relacionado com um som de cortejo, como verificado em outros peixes teleósteos. Outro comportamento observado nessa espécie de bagre é a capacidade de travar o espinho peitoral. Essa reação foi observada imediatamente antes da produção do som. Como descrevem outros autores, nossos resultados sugerem que em I. labrosus o som de estridulação e de tamboril funcionam como uma chamada de alarme.

Keywords