Revista Águas Subterrâneas (Jan 2019)

CARACTERIZAÇÃO DOS GRUPOS DE FRATURAS E IDENTIFICAÇÃO DOS MAIS TRANSMISSIVOS EM AQUÍFERO CRISTALINO, EM SÃO PAULO (SP)

  • BRUNA FIUME,
  • AMÉLIA JOÃO FERNANDES,
  • MARCOS BARBOSA,
  • REGINALDO ANTONIO BERTOLO,
  • RICARDO HIRATA

DOI
https://doi.org/10.14295/ras.v0i0.29454
Journal volume & issue
Vol. 0, no. 0

Abstract

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Os dados de fraturas obtidos pelas perfilagens geofísicas analisados em conjunto com dados de levantamento estrutural em afloramentos permitiram a caracterização dos grupos de fraturas, inclusive dos grupos subverticais, pouco amostrados em poços tubulares. O principal grupo de fraturas (grupo G1), de baixo a médio ângulo de mergulho, é relacionado à foliação. De acordo com os resultados do flowmeter, as fraturas do G1 são as principais responsáveis pelo fluxo de água subterrânea. Os dados foram inconclusivos com relação à transmissividade das fraturas de mergulhos elevados, pois poucas foram atravessadas pelos poços. Porém, há indícios de que os grupos de direção NE e NW e mergulho subvertical também sejam transmissivos, principalmente, considerando a análise de fraturas nos afloramentos. Apesar de permitir a identificação das seções dos poços mais significativas para a entrada e a saída de água e o detalhamento dos grupos de fraturas, principalmente, daqueles com mergulho inferior a 60°, o estudo em aquíferos fraturados apresenta limitações quando considerado apenas através das perfilagens geofísicas. Sendo assim, considera-se que os dados de poços devem ser utilizados em conjunto com outros grupos de dados e em diferentes escalas, sendo fundamental a coleta de dados em afloramentos para que a caracterização da rede de fraturas contemple os demais parâmetros geométricos, como espaçamento, comprimento e conectividade, o último considerado tão importante quanto à abertura na determinação dos caminhos preferenciais de fluxo em aquíferos fraturados.