Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Oct 2005)

Rotavirus serotypes and electropherotypes identified among hospitalised children in São Luís, Maranhão, Brazil Sorotipos e eletroferotipos de rotavírus identificados entre crianças hospitalizadas em São Luís, Maranhão, Brasil

  • Cláudia Regina N. E. Luz,
  • Joana D'Arc P. Mascarenhas,
  • Yvone B. Gabbay,
  • Ana Regina B. Motta,
  • Telma Vitorina Ribeiro Lima,
  • Luana da S. Soares,
  • Alexandre C. Linhares

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46652005000500009
Journal volume & issue
Vol. 47, no. 5
pp. 287 – 293

Abstract

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During June 1997-June 1999 rotavirus infection was screened in infants aged up to 2 years and hospitalised with acute diarrhoea in São Luís, Northeastern Brazil. Altogether, 128 stool samples were collected from diarrhoeic patients and additional 122 faecal specimens from age- and- temporal matched inpatients without diarrhoea were obtained; rotavirus positivity rates for these groups were 32.0% (41/128) and 9.8% (12/122), respectively (p De junho de 1997 a junho de 1999, pesquisou-se a infecção por rotavírus entre crianças até 2 anos de idade internadas com quadro diarréico agudo em São Luís, nordeste do Brasil. Coletaram-se 128 espécimes fecais oriundos de pacientes diarréicos. Paralelamente, obtiveram-se 122 amostras de um contingente caracterizado como controle, comparável ao anterior no tocante às idades e distribuição temporal. As freqüências de positividade para rotavírus alcançaram 32,0% (41/128) e 9,8% (12/122), respectivamente (p < 0,001). Procedeu-se à determinação dos sorotipos e eletroferotipos dos rotavírus em 42 (79,2%) das 53 amostras reativas para rotavírus. Identificaram-se eletroferotipos "longo" e "curto" em freqüências similares - 38,1% e 40,5%, respectivamente. De um modo geral, caracterizou-se o sorotipo G em 35 (83,3%) das amostras positivas, a maioria, revelando especificidade para o tipo G1. Considerando o conjunto dos eletroferotipos e sorotipos, rotavírus classificados como G1 exibiram padrões eletroforéticos "longo" e "curto" nas freqüências de 30,9% e 19%, respectivamente. Todos os rotavírus do tipo G2 apresentaram eletroferotipo de configuração "curta". No tocante ao perfil temporal, observou-se que as gastroenterites por rotavírus naquela região ocorrem ao longo de todo o ano, denotando-se tendência quanto à mais expressiva concentração no segundo semestre de vida das crianças, se comparado ao primeiro; em síntese, 45,2% e 26,1% (p = 0,13), respectivamente. As infecções por rotavírus configuraram picos quanto à distribuição durante o segundo semestre de vida, com freqüências de 30,1% e 13,5%, respectivamente. Aqueles do tipo G2 circularam durante todo o período de estudo, enquanto o sorotipo G1 (n = 27) emergiu a partir de junho de 1998. Aliás, detectaram-se 20 (74,1%) das amostras virais com essa última especificidade ao longo de 1998. Os dados acima sustentam a importância dos rotavírus na etiologia das gastroenterites graves no nordeste brasileiro e consubstanciam o conceito de que uma futura vacina contra esses enteropatógenos necessariamente deve conferir proteção frente aos múltiplos sorotipos circulantes.

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