Iberoamericana. América Latina - España - Portugal (Apr 2014)
Sobre o conceito de "país novo" e a formação de brasileiros nas primeiras décadas da República
Abstract
Resumo Com muita frequência o Brasil foi qualificado como um “país novo” ou com a alcunha mais conhecida de “país do futuro”. Também nas representações visuais, foi quase um clichê o Brasil ser representado pela figura de uma criança pequena. Na Primeira República (1889-1930), a expressão “país novo” foi apropriada de maneiras significativamente diversas por destacados intelectuais, sinalizando distintas formas de imaginar a nação e, muitas vezes, quase que opostas. O “novo” esteve associado aos sentidos de potencialidade, esperança, futuro, mas também de imaturidade e incompletude. Este artigo tem como objetivo analisar usos e significados atribuídos ao conceito de “país novo” em alguns textos produzidos no século XIX e início do XX, e algumas de suas implicações nos modos de pensar o passado e o futuro da nação e dos brasileiros. Abstract Brazil has often been qualified as a “new country” or by the very known slogan “land of the future”. Even in visual representations, Brazil being represented by small children figures was almost a cliché. At the time of the First Republic (1889-1930), the expression “new country” was appropriated in different ways by some of the most famous brazilian intellectuals, a sign of multiple and distinct ways of conceiving the nation, sometimes almost opposite. The “new” was then associated with potential, hope, future, but also with immaturity and “unfinished”. This article intends to analyse some uses and meanings given to the concept of “new country”, as some of its deployments on ideas about the past and the future of Brazil and the Brazilians. Its main sources are texts on political and educational matters, published in the 19th century and beginning of the 20th.
Keywords