Revista Brasileira de Oftalmologia (Aug 2015)

Alterações palpebrais: frequência de ocorrência e perfil dos portadores em amostra populacional brasileira

  • Ana Cláudia Viana Wanzeler,
  • Marjorie Fornazier do Nascimento,
  • Roberta Lilian Fernandes Sousa,
  • Carlos Roberto Padovani,
  • Silvana Artioli Schellini

DOI
https://doi.org/10.5935/0034-7280.20150047
Journal volume & issue
Vol. 74, no. 4
pp. 231 – 234

Abstract

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RESUMO Objetivo: Apresentar a frequência de ocorrência das alterações palpebrais em uma amostra populacional brasileira, assim como as características de seus portadores. Métodos: Estudo transversal utilizando amostra populacional aleatorizada, realizado nos anos de 2004/2005, em nove cidades da região centro-oeste do estado de São Paulo. Foram examinadas 7654 pessoas sendo os participantes avaliados segundo variáveis demográficas e exame oftalmológico completo. As alterações palpebrais foram avaliadas por meio de exame externo usando lanterna e lâmpada de fenda. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente. Resultados: As alterações palpebrais como a triquíase e o ectrópio foram mais relacionadas às características homens, brancos, queixa de redução de acuidade visual para perto. Foi realizado tratamento cirúrgico em 72,7% das triquíases detectadas, assim como 28,5% dos ectrópios. Já os casos de ptose palpebral foram relacionados ao sexo feminino, brancas, com queixa de diminuição da acuidade visual para perto e 26,3% necessitaram de cirurgia. Entrópio foi detectado em um caso, masculino, branco e epibléfaro foi observado em um indivíduo do sexo feminino, parda. Conclusão: A alteração palpebral mais presente na população geral brasileira é a triquíase, seguida da ptose palpebral e do ectrópio. Os autores chamam a atenção para o fato de os portadores não possuírem queixas relacionadas às alterações palpebrais.

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