Cadernos Cajuína (Mar 2024)

O PENSAMENTO NÓSTRICO AÑNU:

  • Marjana Vedovatto,
  • Jamille da Silva Lima-Payayá,
  • Eduardo Marandola Jr.

DOI
https://doi.org/10.52641/cadcajv9i1.172
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 1

Abstract

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No enfrentamento da colonialidade, os povos da Abya Yala têm oferecido caminhos para os diálogos interculturais no âmbito de um pensamento aterrado, comunitário e ético. O pensador Añnu José Ángel Quintero Weir é uma das vozes que reverbera a memória e a vivência ancestral dos povos deste continente, nos convocando para o pensamento nóstrico. Este delineia um “nós” como horizontalidade geo-gráfica que se funda nas línguas dos povos do lago de Maracaibo. O pensamento do autor, que é uma forma de projeção da ancestralidade de seu povo, parte de uma redescoberta (como escavação) das suas línguas originárias, promovendo assim a descolonização do pensamento pela descolonização da língua, entendida como corpo-som. Os aprendizados colhidos desta escavação e vivência voltam-se para a importância do lugar (Eirare), do fazer comunitário e para o horizonte ético de um sentipensar territorialmente significado

Keywords