Ciência Rural (Apr 2001)
CONVERSÃO E BALANÇO ENERGÉTICO DE SISTEMAS DE SUCESSÃO E DE ROTAÇÃO DE CULTURAS ENERGY CONVERSION AND BALANCE OF CROP SUCCESSION AND ROTATION SYSTEMS
Abstract
Do ponto de vista calórico, existem poucos trabalhos no Brasil estimando a conversão e o balanço energético. Neste estudo, avaliaram-se a conversão e o balanço energético de sete sistemas de rotação de culturas durante nove anos (1987 a 1995), em Passo Fundo, RS. Os sistemas foram constituídos por: sistema I (trigo/soja); sistema II (trigo/soja, de 1987 a 1989, e trigo/soja e ervilhaca/ milho ou sorgo, de 1990 a 1995); sistema III (trigo/soja, aveia preta ou aveia branca/soja e ervilhaca/milho ou sorgo); sistema IV (trigo/soja, aveia branca/soja, linho/soja e ervilhaca/milho, de 1987 a 1989, e trigo/soja, girassol ou aveia preta/soja, aveia branca/soja e ervilhaca/milho ou sorgo, de 1990 a 1995); sistema V (trigo/soja, trigo/soja, aveia preta ou aveia branca/soja e ervilhaca/milho ou sorgo); sistema VI (trigo/ soja, trigo/soja, aveia branca/soja, linho/soja e ervilhaca/milho, de 1987 a 1989, e trigo/soja, trigo/soja, girassol ou aveia preta/soja, aveia branca/soja e ervilhaca/milho ou sorgo, de 1990 a 1995); e VII (pousio de inverno/soja, de 1990 a 1995). No período agrícola de 1987 a 1989, não houve diferenças significativas entre os sistemas de rotação de culturas, em relação à conversão energética e ao balanço energético. Na média do período de 1990 a 1995, o sistema II (8,58) apresentou índice de conversão energética maior do que o do sistema I (5,61), e os demais sistemas não diferiram significativamente entre si. No mesmo período, o balanço energético para os sistemas II (20.938Mcal/ha), III (19.239Mcal/ha), IV (18.618Mcal/ha), V (19.646kg/Mcal) e VI (18.702Mcal/ha) foi superior ao do sistema VII (10.279Mcal/ha). A rotação de culturas foi mais eficiente, sem aumentar o consumo de energia não renovável.Energy conversion and balance of seven crop rotation systems for wheat were assessed from 1987 to 1995, in Passo Fundo, RS, Brazil. The following systems were evaluated: system I (wheat/soybean); system II (wheat/soybean, from 1987 to 1989, and wheat/soybean and common vetch/corn or sorghum, from 1990 to 1995); system III (wheat/soybean, black oats or white oats/soybean, and common vetch/corn or sorghum); system IV (wheat/soybean, white oats/soybean, flax/soybean, and common vetch/corn, from 1987 to 1989, and wheat/soybean, sunflower or black oats/soybean, white oats/soybean, and common vetch/corn or sorghum, from 1990 to 1995); system V (wheat/soybean, wheat/soybean, black oats or white oats/soybean, and common vetch/corn or sorghum); system VI (wheat/soybean, wheat/soybean, white oats/soybean, flax/soybean, and common vetch/corn, from 1987 to 1989, and wheat/soybean, wheat/soybean, sunflower or black oats/soybean, white oats/soybean, and common vetch/corn or sorghum, from 1990 to 1995); and VII (winter fallow/soybean, from 1990 to 1995). On the average from1987 to 1989, no significant differences among rotation systems were observed for energy conversion and energy balance rates. From 1990 to 1995, system II (8.58) showed greater energy conversion index than system I (5.61), and the remaining systems did not differ significantly among themselves. From 1990 to 1995, systems II (20,938Mcal/ha), III (19,239Mcal/ha), IV (18,618Mcal/ha), V (19.646Mcal/ha), and VI (18,702Mcal/ha) showed greater energy balance, as compared to system VII (10.279kg/Mcal).
Keywords