Revista Brasileira de Educação Médica (Feb 2021)

Perfil e trajetória dos egressos de programas de residência das áreas básicas: um corte transversal

  • Eduardo Jorge da Fonseca Lima,
  • Pedro Jorge Serra da Fonseca Lima,
  • Pedro Henrique Alves de Andrade,
  • Lucas Miranda Castro,
  • Afra Suassuna Fernandes

DOI
https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.1-20200427
Journal volume & issue
Vol. 45, no. 1

Abstract

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Resumo: Introdução: A residência médica é reconhecida como o “padrão ouro” para a formação de especialistas. O estudo do perfil dos egressos da residência médica é importante para identificar potencialidades e fragilidades da especialização. Objetivo: Este estudo teve como objetivo conhecer o perfil e a satisfação profissional dos egressos dos programas de residência das áreas básicas de um hospital-escola do Nordeste. Método: Trata-se de estudo de corte transversal que utilizou a plataforma eletrônica Survey. Incluíram-se residentes das áreas básicas que concluíram o programa no período de 2013 a 2017. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi enviado com o formulário. Realizaram-se análises descritivas das variáveis, e os dados foram apresentados em frequências absoluta e relativa. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética do IMIP. Resultados: Dentre os 194 egressos, tivemos a adesão de 79 (40,72%). Com relação aos participantes do estudo: 73,4% eram do gênero feminino e 60,8% já estavam casados. Destacamos que 55,7% informaram que tinham uma renda mensal de dez a 20 salários mínimos. Dos egressos, 54 (68,4%) tinham cursado graduação em instituição de ensino superior privada. Sobre a pós-graduação stricto sensu, 19 egressos (21,7%) tinham mestrado. Sobre a atuação profissional, 93,7% exercem a especialidade e 54 (68,4%) trabalham no estado onde cursaram o programa. Em relação ao serviço público, 64,6% são vinculados ao Sistema Único de Saúde do estado de Pernambuco. Sobre a quantidade de horas de trabalho semanais, 43% trabalham entre 40 e 60 horas. Cerca de 75% dos egressos afirmaram que cursariam o programa novamente na instituição e declararam que a realização da residência facilitou a vida profissional deles. Conclusão: A monitoração periódica de egressos de programa de residência é um instrumento útil para avaliação do programa e permite monitoramento das intervenções implementadas, viabilizando inclusive a obtenção de informações que ajudem no planejamento de novos programas.

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