Pubvet (Sep 2021)

Análise de boas práticas de fabricação em usinas de beneficiamento de leite caprino no Cariri

  • Filipe Jordão Pereira de Medeiros,
  • Joyce Galvão de Souza,
  • Iara Nunes de Siqueira,
  • Francisco Rodrigues de Araújo Junior,
  • José Givanildo da Silva

DOI
https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n09a903.1-12
Journal volume & issue
Vol. 15, no. 9
pp. 1 – 12

Abstract

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A procura crescente por alimentos seguros tem resultado em uma necessidade das indústrias se adequarem às normas estabelecidas para garantir produtos de qualidade que não ofereçam riscos à saúde dos consumidores. Diversos são os fatores que podem influenciar na qualidade do leite e podem torná-lo um produto impróprio para o consumo humano, como fatores físicos, químicos ou biológicos, os quais poderão contaminar o leite em decorrência de falhas na sua obtenção, no seu processamento ou expedição. Dessa forma, é essencial que estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos obtenham excelentes percentuais de conformidades no que diz respeito às Boas Práticas de Fabricação (BPF), as quais são medidas que devem ser implementadas por indústrias alimentícias com o intuito de garantir os requisitos necessários para a produção de alimentos seguros. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação das BPF, em usinas de beneficiamento de leite caprino, na região do Cariri paraibano. Foram visitadas quatro usinas de beneficiamento, denominadas de A, B, C e D, sendo verificadas se estão de acordo com as normas de BPF´s. A partir da análise observacional realizada, foi constatado que, dos quatro estabelecimentos estudados apenas as usinas de beneficiamento A e C foram classificadas em grupo 1, sendo considerada de baixo risco à segurança alimentar, e as usinas B e D, por sua vez, foram enquadradas no grupo 2, as quais ofereciam médio risco à segurança alimentar. Foram observadas não conformidades em todos os cinco quesitos da lista, em todos os estabelecimentos, sendo descritas falhas nas edificações, falta de produtos relacionados a higiene pessoal, presença de pragas no interior da indústria, e principalmente, o não cumprimento de alguns Procedimentos de Operações Padronizados. O presente estudo demonstrou que as usinas B e D deverão melhorar seus níveis em relação as BPF’s, tanto para atender os requisitos da legislação vigente, como para oferecer produtos mais seguros aos seus consumidores, tendo em vista o grande número de não conformidades observadas nesses estabelecimentos. Também se faz necessária uma fiscalização mais efetiva dos órgãos competentes para garantir que os estabelecimentos se adequem a todos os quesitos das BPF’s, evitando assim o risco da veiculação de doenças alimentares aos consumidores, desperdícios de matéria-prima bem como prejuízos financeiros para o estabelecimento.

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