Revista de Saúde Pública (Dec 1995)

Alberprosenia malheiroi Serra, Atzingen & Serra, 1987 (Hemiptera, Reduviidae): redescrição e bionomia Alberprosenia malheiroi Serra, Atzingen & Serra, 1987 (Hemiptera, Rediviidae): redescription and bionomics

  • Rodolfo U. Carcavallo,
  • José M. S. Barata,
  • Antônio I. P. da Costa,
  • Oswaldo P. Serra

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-89101995000600010
Journal volume & issue
Vol. 29, no. 6
pp. 488 – 495

Abstract

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Sobre Alberprosenia malheiroi n. sp. deu-se a conhecer uma diagnose resumida em 1980, porém sem valor bibliográfico. Em 1987 publicou-se a mesma diagnose anexando uma foto e alguns comentários, porém sem realizar uma descrição formal. Descreve-se para esta espécie, os adultos, os estádios imaturos, determina-se a série sintípica e apresenta-se dados bionômicos e de criação em insetário. As diferenças mais evidentes com A. goyovargasi, a única espécie que se conhecia do gênero até então, são a coloração geral negra, o espaço interocular maior que o tamanho de um olho visto dorsalmente, os tubérculos do colar com o ápice agudo e o tamanho maior, na nova espécie, quase o dobro do da primeira espécie. Os ovos são pequenos, fixados ao substrato em grupos de 3 ou 4, elipsóides, não achatados lateralmente, com o opérculo proeminente, convexo, sem estruturas evidentes. As ninfas apresentam em todos os estádios caracteres típicos do gênero e da tribo, com região anteocular menos longa que a post-ocular e característica pilosidade do tegumento que vai se acentuando a cada estádio. A. malheiroi n. sp. foi capturado em ecótopos silvestres em palmeiras em floresta no Estado do Pará, associados com morcegos ou aves. Nenhum dos exemplares estava infectado com Trypanosoma cruzi. Esses triatomíneos foram mantidos em insetários a ± 25°C e ± 60% UR, são insetos ágeis e voam com relativa facilidade. Alimentaram-se bem em pombos e morcegos e não aceitaram alimentação em ratos, camundongos ou hamsters. O período de incubação dos ovos foi em média treze dias e o tempo de evolução do período ninfal foi em média cento e trinta e dois dias.Alberprosenia malheiroi n. sp. first became known through an informal publication of a paper submitted a Congress, in 1980. The same diagnosis with a photograph was published in 1987, but no formal description has yeet been made. The present authors describe adults and immature instars, establish a sintypical series and introduce bionomic data and data on the rearing of this species in insectary.The most evident differences between A. malheiroi n. sp. and A. goyovargasi, the former generic species, are the general colour pattern which is completely black; the interocular area, wider than an eye in dorsal view; the acute apex in collar tubercules and the significantly larger size, almost double that of the latter specie. The eggs are small attach themselves to the substratum in groups of either 3 or 4, are elipsoid with no lateral flattening, having a convex and prominent operculum, without conspicuous structures. Nymphs have the typical tribal and generic characteristics in each stage, the anteocular region being shorter than the postocular one. Pilosity appears in the second instar and becomes more evident with instar development. A. malheiroi n. sp. was captured in a forest, in wild (palm-tree) ecotopes associated with bats or birds, in the State of Para, Brazil. Trypanosoma cruzi was not found in any specimens. These triatomines were reared in ± 25°C and ± 60 % RH, the insects are quick and fly without difficulty. They fed well on pigeons and bats but not on rats, mice or hamsters. The eggs incubation period was thirteen days on average, and the evolution time of the nymphal period was a hundred and thirty two days on average.

Keywords