Planta Daninha (Jun 2004)

Períodos de interferência de plantas daninhas na cultura do girassol Interference periods of weeds in sunflower crop

  • A.M. Brighenti,
  • C. Castro,
  • R.S. Oliveira Jr.,
  • C.A. Scapim,
  • E. Voll,
  • D.L.P. Gazziero

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-83582004000200012
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 2
pp. 251 – 257

Abstract

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Dois experimentos foram conduzidos na Embrapa Soja, Londrina-PR, com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes períodos de interferência de plantas daninhas sobre o rendimento de óleo e a produtividade da cultura do girassol. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. Os períodos de interferência consistiram em manter a cultura na presença e na ausência das espécies daninhas por 7, 14, 21, 28, 42, 49, 56, 70, 84 e 118 dias após a emergência (DAE) da cultura (total do ciclo). A comunidade infestante existente na área experimental era composta, principalmente, de picão-preto (Bidens subalternans) e plantas voluntárias de trigo. Foram determinados a densidade e o peso da matéria seca das plantas daninhas, o rendimento de óleo e a produtividade da cultura. A presença da comunidade infestante proporcionou perdas diárias de 1,1 e 2,5 kg ha-1 para o rendimento de óleo e a produtividade, respectivamente. Na ausência das espécies daninhas, até 30 DAE, houve ganho diário de 6,5 kg ha-1 de rendimento de óleo e de 14,4 kg ha-1 de produtividade de grãos. A convivência do girassol com as plantas daninhas até 21 DAE não causou efeito sobre o rendimento de óleo e a produtividade da cultura, correspondendo ao período anterior à interferência (PAI). O período total de prevenção da interferência (PTPI) foi de 30 DAE e o período crítico de prevenção da interferência (PCPI), dos 21 aos 30 dias após a emergência da cultura do girassol.Two experiments were carried out at Embrapa Soybean, Londrina, Paraná Brazil, to evaluate the effect of different periods of control or coexistence of weeds on sunflower crop, considering oil yield and seed yield. The experimental design was completly arranged in randomized blocks, with four replicates. The treatments for both experiments were maintaining the crop either with or without weeds for 7, 14, 21, 28, 42, 49, 56, 70, 84 and 118 days after crop emergence (DAE), during the entire cycle. The weed comunity was composed by hairy beggarticks (Bidens subalternans) and volunteer wheat. Weed densities and dry matter weight were determined, as well as oil yield and grain yield. Weed presence caused a yield daily loss of 1.1 and 2.5 kg ha¹ of oil yield and seed yield, respectively, whereas weed absence provided a daily gain of 6.5 kg ha¹ for oil yield and 14.4 kg ha-1 for seed yield. Weed crop coexistence for up to 21 DAE did not cause any negative effect on oil and seed yields, and the maximum length of time in which the weeds had to be controlled to prevent crop yield losses was 30 days after emergence. The critical period of interference was from 21 to 30 DAE.

Keywords