Cadernos de Saúde Pública (Mar 2014)

Análise da produção ambulatorial em municípios com e sem centros de especialidades odontológicas no Brasil em 2010

  • Roger Keller Celeste,
  • Flávio Renato Reis de Moura,
  • Carolina Paiva Santos,
  • Maximiano Ferreira Tovo

DOI
https://doi.org/10.1590/0102-311X00011913
Journal volume & issue
Vol. 30, no. 3
pp. 511 – 521

Abstract

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O objetivo foi descrever a produção de serviços especializados em municípios brasileiros com e sem Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e estudar fatores associados. Para a coleta de dados, foram consultados: o Departamento de Informática do SUS, dados do Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Utilizou-se regressão binominal negativa inflada de zeros para modelar taxas de procedimentos de endodontia, atenção básica, periodontia e cirurgia. Após controle por fatores sociodemográficos, os municípios com CEO apresentaram taxas maiores do que os sem, exceto para taxas de atenção básica. No modelo final, com variáveis de estrutura dos serviços, os municípios com CEO do tipo III tiveram uma taxa de procedimentos de endodontia 2,08 (IC95%: 1,26; 3,44) vezes maior que sem CEO. Das variáveis de estrutura, mais gastos em saúde e maiores taxas de dentistas no SUS estavam consistentemente associados a maiores taxas de quaisquer procedimentos. Os CEO parecem ter um efeito positivo na produção municipal de procedimentos especializados, particularmente para a taxa de procedimentos de endodontia, e esse efeito não é explicado por variáveis de estrutura.

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