Revista Águas Subterrâneas (Jan 2019)

COMPOSIÇÃO ISOTÓPICA (δ2H e δ18O) DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DOS AQUÍFEROS DA REGIÃO DO CARIRI (CE)

  • ZULENE ALMADA TEIXEIRA,
  • ELISA DE MELLO KICH,
  • MIGUEL PAULO RODRIGUES NETO,
  • JOSÉ GUILHERME FILGUEIRA,
  • MAURÍCIO DAMBRÓS MELATI,
  • DIDIER GASTMANS

DOI
https://doi.org/10.14295/ras.v0i0.29343
Journal volume & issue
Vol. 0, no. 0

Abstract

Read online

A compreensão dos mecanismos envolvidos na recarga das águas subterrâneas constitui um dos principais desafios à gestão dos recursos hídricos, principalmente face a diminuição das reservas, seja devido à problemas de qualidade ou de aumento de demandas em áreas de intensa ocupação humana. Nesse contexto, isótopos estáveis de oxigênio e hidrogênio, constituem excelentes traçadores da movimentação da água ao longo do ciclo hidrológico, fornecendo informações importantes sobre mecanismos de recarga e condições climáticas atuais e pretéritas (Aggarwal et al., 2012). A região do Cariri, localizada na porção sul do Ceará, está assentada sobre a Bacia Sedimentar do Araripe, à qual se associam importantes reservatórios de águas subterrâneas, que constituem o único recurso hídrico disponível ao longo do ano para abastecimento humano e outras atividades como uso na indústria, dessedentação animal e irrigação, e portanto para a correta gestão dos recursos hídricos é necessário o conhecimento a respeito das condições de recarga desses aquíferos. O presente trabalho insere-se no contexto de trabalhos contínuos de monitoramento quali-quantitativos de águas subterrâneas realizados pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará (COGERH) na região do Cariri, e que teve como um dos objetivos realizar a caracterização da composição isotópica das águas subterrâneas dos aquíferos do Cariri e avaliar a sua variação sazonal, visando estabelecer a origem das águas explotadas, e sua relação com a recarga.