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O Museu do Fado: Infra-estrutura Patrimonial ou Atracção Turística?
Abstract
Este artigo aborda o Museu do Fado, situado em Lisboa, como um espaço mobilizador de imaginários turísticos e de memórias afetivas, simbólicas e performativas no qual convergem, sem necessariamente se cruzarem, diferentes públicos como os turistas, aficionados de fado e a comunidade fadista local. Argumentamos que o Museu do Fado evoluiu de um mero espaço expositivo para se tornar numa “infra-estrutura patrimonial” multivalente que facilita novos espaços de agentividade nos quais emergem formas inovadoras de se relacionar com – e habitar – o património. Ao reconhecer a importância do Museu do Fado na institucionalização e na legitimação do fado como património da cidade e reconhecendo também o seu significado na produção social e simbólica de Alfama como bairro do fado, pretendemos problematizar a função deste tipo de infra-estrutura patrimonial na complexa relação entre turismo, patrimonialização e revitalização urbana na era do overtourism.
Keywords