Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Dec 1988)

Aneurisma gigante parasselar simulando tumor de hipófise

  • Luiz Augusto Casulari Roxo da Motta,
  • Mário de Nazareth Hermes Jr.,
  • Marco Antonio de Arruda Figueiredo,
  • Antonio Ricardo Toledo Gagliardi,
  • Lucília Domingues Casulari da Motta,
  • José Luiz F. de Mendonça,
  • Miguel Farage Filho

DOI
https://doi.org/10.1590/S0004-282X1988000400015
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 4
pp. 417 – 423

Abstract

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Revisamos 7 pacientes com comprometimento da sela turca ao raio X do crânio que apresentavam aneurisma gigante da porção intracavernosa da artéria carótida (6 casos) e aneurisma da artéria comunicante anterior (1 caso). As alterações encontradas foram: cefaléia (7/7), oftalmoplegia complexa interessando III, IV e VI nervos cranianos (5/7) e comprometimento do V nervo (4/7), dor ocular (4/7). Outras alterações encontradas foram: sinais meníngeos (2/7), cegueira unilateral (1/7), hemiparesia (1/7) cacosmia (1/7) e quadrantanopsia bitemporal inferior (1/7). Cinco pacientes com aneurisma da porção intracavernosa da artéria carótida beneficiaram-se com a ligadura progressiva da artéria carótida interna a nível cervical; o outro paciente faleceu antes da realização da operação. O paciente com aneurisma da artéria comunicante anterior foi submetido a clipagem do aneurisma, tendo boa evolução. Baseados neste estudo e em concordância com a literatura, concluímos que o diagnóstico diferencial entre aneurisma localizado na região parasselar e outras patologias dessa área freqüentemente apresenta dificuldade. O diagnóstico definitivo requer a realização de angiografia cerebral. O tratamento cirúrgico, por ligadura da carótida interna na região cervical, é benéfico e quase desprovido de complicações.