Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

PERFIL DOS PACIENTES COM PRESENÇA DE ANTICORPOS OBSERVADOS EM QUATRO HOSPITAIS DO RIO DE JANEIRO NO ANO DE 2023

  • GC Faria,
  • VA Brum,
  • ECG Venezia,
  • JS Campos,
  • EM Oliveira,
  • JSB Victor

Journal volume & issue
Vol. 46
pp. S821 – S822

Abstract

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Introdução: Os anticorpos irregulares contra antígenos eritrocitários são produzidos no organismo em razão da exposição a um antígeno não próprio, seja por transfusão sanguínea, gestação ou abortos espontâneos. Alguns Anticorpos podem ter origem natural, e outros produzidos através da sensibilização das situações citadas anteriormente. Objetivo: Avaliar o perfil dos pacientes com resultados positivos para pesquisa de anticorpos irregulares eritrocitários (AI) prestados em quatro hospitais de alta complexidade da rede privada na cidade do RJ no período do ano de 2023. Material e métodos: Estudo retrospectivo e descritivo no qual foram os dados quantitativos dos pacientes que apresentaram positividade na pesquisa de anticorpos irregulares, sendo utilizado as técnicas nos testes imuno hematológicos com metodologia de gel e tubo. Resultados: No período foram atendidos 86 pacientes com positividade na pesquisa de anticorpos irregulares, destes 56,0% eram do sexo feminino (49) e 43,0% do masculino (37). A idade prevalente foi na faixa de maior de 66 anos e com o seguinte perfil etário: 0 – 18 :2 %; 19 – 45: 8,3 %; 46 – 65: 10,6%; e > 66: 79,4 %. No levantamento observamos, que o grupo sanguíneo mais prevalente, foi o grupo sanguíneo A 44% (37) seguido do O 41,8% (36) e grupo B 8,1% (7) e por último grupo AB 1,5% (1). Os anticorpos irregulares mais encontrados neste estudo, pertencem ao sistema Rh e Kell: 09 Alo anti - D, 8 Alo anti - M, 7 Alo anti -E, 6 Alo anti- K, 5 Alo anti- C, 4 Alo anti-c, 1 Alo anti- S, 1 Alo anti- Dia, 1 Alo anti-Fya e 1 Alo anti-JKa. Discussão: Os dados mostraram que os pacientes que apresentaram positividade na pesquisa de anticorpos irregulares são idosos, mulheres, com os seguintes diagnósticos mais prevalentes: 14 Neoplasias, 6 Insuficiência Renal Crônica, 9 Anemia, 5 Mieloma múltiplo, 2 Linfoma não Hodgkin, 2 Síndrome mielodisplásica e 2 Leucemia Mieloide Crônica e outros procedimentos cirúrgicos ortopédicos. No estudo verificamos que os 08 pacientes que apresentaram antígeno D, pertence ao sexo feminino, sem conseguirmos concluir se a exposição ao antígeno D, foi por gestação ou por exposição a transfusão. Conclusão: Através deste estudo, é possível compreender a prevalência dos anticorpos (AI): Anti – D, Anti-M e Anti – E, com a prevalência de mulheres apresentado o antígeno M, e 7 pacientes apresentou mais de um anticorpo no período analisado, sendo 5 mulheres e 2 homens, é possível compreender a prevalência dos anticorpos (AI) entre os pacientes atendidos nessas quatro unidades e comprovar a importância da pesquisa de anticorpos irregulares (PAI). Apesar de ser um dos testes pré-transfusionais obrigatórios pela legislação brasileira, é importante que a PAI seja executada de maneira correta, contribuindo para a eficácia e segurança na identificação dos anticorpos (AI), ajudando diretamente na prevenção de reações transfusionais e em novas ocorrências de sensibilização, especialmente em pacientes politransfundidos.