Pubvet (Aug 2022)

Esporotricose canina: Relato de caso

  • Fátima Mendes,
  • Juliana Anaya Sinhorini,
  • Tamara Leite Cortez

DOI
https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n08a1184.1-5
Journal volume & issue
Vol. 16, no. 8
pp. 1 – 5

Abstract

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A esporotricose é uma zoonose fúngica que pode acometer diversas espécies de animais. O presente relato refere-se a um cão da raça Shih-tzu, fêmea, um ano, domiciliado, que apresentava aumento de volume nasal com despigmentação, secreção serossanguinolenta, espirros e dispneia inspiratória. Após descartada a suspeita de neoplasia por histopatológico, que apresentou resultado compatível com rinite linfoplasmocítica discreta, o paciente foi encaminhado para consulta com imunologista. Para realização de diagnóstico diferencial compareceu à Divisão de Vigilância de Zoonoses de São Paulo, onde foi coletado material das narinas por meio de swab para cultura fúngica, positiva para Sporothrix spp. O cão não tinha histórico de contato com animais com esporotricose, sendo que a principal suspeita de infecção foi por meio da terra de um vaso de plantas, localizado na residência. O tratamento foi realizado com Itraconazol 10 mg/kg SID por 11 semanas, e mantido por mais 10 semanas após remissão total da lesão. Após duas semanas da suspensão do antifúngico, o animal retornou com aumento de volume nasal e dispneia, sendo necessário reinício do tratamento com o itraconazol, com remissão total da lesão após 12 semanas. O clínico veterinário deve estar atento ao contexto epidemiológico da região, incorporar em sua rotina a esporotricose como diagnóstico diferencial frente a um quadro de lesões cutâneas e acompanhar o paciente após a suspensão do tratamento para avaliar possível recidiva.

Keywords