Revista Brasileira de Estudos de População (Sep 2017)

No âmago da africanização: pessoas negras e de cor nos mapas populacionais do Maranhão colonial (1798-1821)

  • Antonia da Silva Mota,
  • Maísa Faleiros da Cunha

DOI
https://doi.org/10.20947/s0102-3098a0025
Journal volume & issue
Vol. 34, no. 3
pp. 465 – 484

Abstract

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Resumo O estudo analisa o “boom” demográfico das populações escravas de origem africana nas áreas de plantation a partir dos Mapas Estatísticos do Maranhão. Em especial, focalizamos a freguesia do Rosário do Itapecuru utilizando outras fontes documentais – inventários post mortem e registros paroquiais de batismo. Os Mapas de 1798 e 1821 possibilitaram evidenciar o perfil sexual, etário, étnico e a condição jurídica da população, mostrando a importância da população escrava nas áreas de cultivo do algodão e arroz, que chegava a quase 80% dos residentes. Essas populações, por sua vez, guardavam algumas particularidades em relação a outras áreas de plantation do Estado do Brasil, como, por exemplo, a razão de sexo marcada pela quase paridade entre homens e mulheres.

Keywords