ARS (Aug 2020)

Por mais tempo afogado: considerações sobre Le Noyé , de Bayard

  • Fábio Luiz Oliveira Gatti

DOI
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2020.148976
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 39
pp. 179 – 199

Abstract

Read online

Ao perceber, no autorretrato como um homem afogado, de Bayard, certa semelhança entre a pose corporal de sua fotografia e de outras produções visuais engendradas ao longo da história ocidental, estruturou-se um painel com 27 imagens baseado no conceito warburguiano de Pathosformeln para discutir as transformações diante da confrontação com a morte na sociedade ocidental, estudadas por Huizinga, Ariès e Morin. Por outro lado, a análise de Poivert sobre as relações dessa fotografia com o teatro, a biografia de Chatterton e a pintura da morte do poeta possibilitou pensar as noções de jogo, de ritual e de performatividade, presentes em Schechner; o caráter forjado da poesia chattertoniana, discutido por Groom; e a forte simulação desse afogado a partir de Baudrillard.

Keywords