Ciência Rural (Mar 2015)

Casca de ovo como fonte de cálcio para humanos: composição mineral e análise microbiológica

  • Bruna Gressler Milbradt,
  • Aline Lima Hermes Müller,
  • Jéssica Soares da Silva,
  • Julianna Rodrigues Lunardi,
  • Liana Inês Guidolin Milani,
  • Érico Marlon de Moraes Flores,
  • Maria da Graça Kolisnki Callegaro,
  • Tatiana Emanuelli

DOI
https://doi.org/10.1590/0103-8478cr20140532
Journal volume & issue
Vol. 45, no. 3
pp. 560 – 566

Abstract

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Este estudo teve como objetivo avaliar a composição mineral de diferentes tipos de cascas de ovo, bem como a segurança microbiológica de amostras submetidas a diferentes métodos de higienização. Para a obtenção do pó de casca de ovo, as cascas foram lavadas, higienizadas, secas em estufa e trituradas em moinho. Cascas de ovo de granja (criação confinada), de coloração branca e vermelha, e cascas de ovo coloniais (caipira), provenientes da região central do Rio Grande do Sul, foram comparadas quanto a sua composição mineral. O Ca, mineral predominante na casca de ovo, se manteve em concentrações semelhantes nas diferentes amostras (cerca de 365mg g-1). As cascas de ovo de granja apresentaram maior concentração de Mg e menor concentração de Sr que as cascas de ovo coloniais. Não foram encontradas quantidades significativas de Fe, Cr, Mn, Mo, Ni, Se, Al, Cd e Pb nas amostras analisadas. Adicionalmente, tanto amostras higienizadas com imersão em hipoclorito e posterior fervura em água, quanto amostras nas quais a imersão em hipoclorito foi suprimida, não apresentaram contaminação por coliformes, estafilococos ou salmonela. Os resultados indicam que a casca de ovo pode ser utilizada na nutrição humana, já que é rica em Ca, não apresenta contaminação por metais tóxicos e, se processada de forma adequada, apresenta boa qualidade higiênico-sanitária

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