Revista de Turismo Contemporâneo (Jan 2015)
Principais políticas de fomento do turismo na Amazônia: análise dos primeiros planos de turismo da Amazônia (PTA I e II) e do PROECOTUR
Abstract
Verifica-se que o turismo tem passado por inúmeras transformações no que concerne ao planejamento e gestão da atividade. Observa-se que desde a década de 1970 tem-se pensado em diferentes modelos de desenvolvimento de turismo para a Amazônia, almejando o progresso econômico e social. Neste processo, na década de 1970, a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), deu inicio a discursão de criação do primeiro Plano de Turismo da Amazônia (PTA) que deu inicio na década de 1980 até 1985. A partir da década de 1990 as estratégias de turismo para a região foram desenvolvidas em conformidade com a preocupação mundial em torno da natureza e do homem. Produto deste contexto, o II PTA foi lançado com o objetivo principal de desenvolver medidas que conciliassem o desenvolvimento econômico às questões ambientais e sociais. Outra ação também importante para esse período foi a promoção do desenvolvimento regional por meio de polos de turismo integrados, conforme determinava o PROECOTUR. O objetivo deste artigo, portanto, consiste em destacar as primeiras políticas públicas de turismo para o desenvolvimento dos estados e municípios da Amazônia que deram inicio a partir de 1970. Para isso, a estruturação conceitual do trabalho fundamentou-se em políticas públicas e planejamento de turismo na Amazônia. Utiliza-se como metodologia a pesquisa documental, por meio de diagnóstico que enfatiza os principais resultados obtidos pelos I e II Planos de Turismo da Amazônia, a partir da interpretação e análise documental; O artigo também adota a pesquisa bibliográfica, pois analisa as principais estratégias de desenvolvimento do turismo na Amazônia. A partir de tal análise, conclui-se que as mudanças políticas de turismo ocorridas na Amazônia entre a década de 1970 e 1990 - apesar de estarem acompanhadas por ações de planejamento do governo nacional e até mesmo pelas tendências mundiais - não conseguiram promover um planejamento adequado às necessidades e características da região, trazendo com isso uma ideia deturpada de desenvolvimento turístico para a Amazônia.