PsiLogos (Sep 2022)

Psicopatologia e exposição a tempo de ecrã em adultos

  • Mário Castro Marques dos Santos,
  • Tânia Rodrigues,
  • Ana Vera Costa,
  • Alexandra Rafael,
  • Marta de Almeida,
  • Miguel Gouveia,
  • Sara Guimarães Fernandes,
  • Susana Santos,
  • Sara Melo,
  • Sandra Borges,
  • Graça Mendes,
  • Lima Monteiro

DOI
https://doi.org/10.25752/psi.18838
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 1&2

Abstract

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Introdução e Objetivos: As perturbações ansiosas e depressivas são hoje prevalentes, com impacto significativo nas populações. Nas últimas décadas, assistimos ao aparecimento de inúmeros dispositivos com ecrã que se incorporaram na nossa rotina diária, o que levou a uma exposição crescente dos indivíduos a estes. Pretendemos caracterizar uma amostra da população portuguesa e estudar a relação entre o tempo de ecrã e a psicopatologia e perceber se estão diretamente associados, como postulado por estudos internacionais. Métodos: Usando questionários de autopreenchimento no contexto da consulta, avaliamos a história de hábitos de contacto com os diferentes tipos de ecrã em adultos jovens (18-45 anos) com seguimento em consulta de Psiquiatria por perturbações afetivas e/ou ansiosas, em comparação com adultos jovens sem psicopatologia conhecida, a partir de uma amostra de conveniência nos Cuidados de Saúde Primários. Resultados e Conclusões: Não foi encontrada uma associação entre o tempo de ecrã e a presença de psicopatologia. Ainda assim, concluímos que a grande maioria dos adultos (72,4%) está exposta a ecrãs mais de quatro horas por dia. Também constatámos que, entre os controlos, aqueles que fazem um uso excessivo de ecrã, usam-no frequentemente para adormecer e apresentam mais dificuldades para iniciar o sono. Este trabalho reforça a necessidade de mais investigação sobre o real impacto do tempo de ecrã na saúde mental dos indivíduos, no sentido de promover o uso racional destas tecnologias.

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