Clinics (Aug 2005)

Cheyne-Stokes respiration in patients with congestive heart failure: causes and consequences A respiração de Cheyne-Stokes em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva: causas e conseqüências

  • Geraldo Lorenzi-Filho,
  • Pedro R Genta,
  • Adelaide C. Figueiredo,
  • Daniel Inoue

DOI
https://doi.org/10.1590/S1807-59322005000400012
Journal volume & issue
Vol. 60, no. 4
pp. 333 – 344

Abstract

Read online

Cheyne-Stokes respiration is a form of periodic breathing in which central apneas and hypopneas alternate with periods of hyperventilation, producing a waxing and waning pattern of tidal volume. This review focuses on the causes and consequences of Cheyne-Stokes respiration in patients with congestive heart failure, in whom the prevalence is strikingly high and ranges from 30% to 50%. Several factors have been implicated in the genesis of Cheyne-Stokes respiration, including low cardiac output and recurrent hypoxia. The key pathophysiological mechanism triggering Cheyne-Stokes respiration is hyperventilation and low arterial CO2 (PaCO2) that when below the apneic threshold triggers a central apnea. Hyperventilation is associated with pulmonary congestion, and Cheyne-Stokes respiration is more prone to occur during sleep, when the respiratory system is mainly dependent on chemical control. It is associated with recurrent dips in oxygen saturation and arousals from sleep, with oscillations in blood pressure and heart rate, sympathetic activation and increased risk of ventricular tachycardia. Cheyne-Stokes respiration is an independent marker of poor prognosis and may participate in a vicious cycle, further stressing the failing heart.A respiração de Cheyne-Stokes é uma forma de respiração periódica na qual apnéias e hipopnéias se alternam com períodos de hiperpnéias que apresentam um padrão crescendo e decrescendo de volume corrente. Esta revisão enfoca as causa e conseqüências da respiração de Cheyne- Stokes em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva na qual a prevalência é extremamente alta e varia entre 30 a 50%. Vários fatores foram implicados na gênese da respiração de Cheyne-Stokes, incluindo baixo debito cardíaco e hipoxia recorrente. Hiperventilacão e baixos níveis de CO2 arterial (PaCO2), que quando abaixo do limiar de apnéia desencadeiam apnéia central são os mecanismos fisiopatológicos chave na gênese da respiração de Cheyne-Stokes. Hiperventilação está associada com congestão pulmonar, e a respiração de Cheyne-Stokes tem uma tendência maior de ocorrer durante o sono, quando o centro respiratório é dependente principalmente do controle químico. A respiração de Cheyne-Stokes está associada a quedas recorrentes da saturação de oxigênio e ao despertar do sono, com oscilações recorrentes na freqüência cardíaca, pressão arterial, aumento da atividade simpática e risco aumentado de taquicardia ventricular. A respiração de Cheyne-Stokes é um marcador independente de mau prognostico e provavelmente participa de um ciclo vicioso que contribui para a deterioração cardíaca.

Keywords