Semina: Ciências Sociais e Humanas (Nov 1985)
Indução da atividade sexual em ovelhas corriedale mediante controle da luminosidade
Abstract
The object of this study was to verify the effect of two types of illumination simulating day lengths of spring and winter on the sexual activity of ewes and to compare it with that of a normal summer season. 109 ewes (33 matured age 3.5 years and 76 maiden age 2 years) were used in randomized groups. In the first experiment, with an artificially increased spring daylength, the ewes did not show oestrus activity like those under natural daylength except for one animal (1.4%). The second group, with natural daylength of the sexual season (summer), the frequency and accumulated frequency of oestrus was only 28.5% and 28.5% (January), 100% and 100% (February) and 100% and 185.7% (March). Also observed for the second group were cycle interval of 19.8 ±3.6 days,ovulation rate of 1.07 and cervical mucous crystallization 68.1 % of the total crystallization. The third group (8h light and 16h darkness, winter) showed frequency and accumulated frequency of induced oestrus of 85.7% and 171.4% (July), 71.4% and 100% (August) and 42.8% and 42.8% (September). Also observed for the third group were a cycle interval of 18.1 ±2,4 days, ovulation rate of 1.0 and cervical mucous crystallization of 90.8% of the total. When comparing the data from artificial illumination of winter with normal summer illumination, no significant differences were observed for the oestrus interval nor the number of corpora lutea in the ewes. In conclusion, the abrupt seriation modified daylength in winter was favorable for sexual activity in young ewes.Utilizaram-se 109 ovinos, sendo 33 ovelhas adultas com 3,5 anos e 76 borregas com 2 anos de idade, submetidos aos seguintes tratamentos: Experimento A - Modificação abrupta contínua da luminosidade na primavera. Tratamento 1 - Constituído de 20 ovelhas tratadas na Faculdade de Veterinária de UFRGS e de 08 ovelhas e 42 borregas, tratadas na EMBRAPA - UEPAE de Bagé, RS. Tratamento 2 — Constituído de 05 ovelhas e 21 borregas em Bagé, em regime de fotoperíodo natural na primavera como testemunha. Experimento B - Efeito do regime de fotoperíodo controlado na atividade sexual posterior, constituído por 07 boerregas, observadas na Faculadade de Veterinária da UFRGS, Rs. Experimento C - Modificação abrupta seriada da luminosidade no inverno. Tratamento 3 — Constituído de 07 borregas, tratadas na Faculdade de Veterinária da UFRGS, RS. Tratamento 4 - Constituído de 06 borregas, em regime de fotoperíodo natural no inverno, como testemunha. Os animais do Tratamento 1 do Experimento A foram destinados ao modelo de redução abrupta contínua da luminosidade na primavera. Com excessão de uma ovelha do Tratamento 1 (1,4%) não se observou atividade estral em nenhum outro animal. No Experimento B (fotoperíodo natural na estação reprodutiva) observou-se a freqüência e a freqüência acumulada de estros, respectivamente, em 28,5% e 28,5% (janeiro), 100% e 100% (fevereiro) e 100% e 185,7% (março). O intervalo médio entre estros de 19,8 ± 3,6 dias, a taxa de ovulação de 1,07 e a cristalização do muco cervical de 68,1%. No experimento C (fotoperíodo de 8h luz x 16h escuridão) verificou-se a freqüência e a freqüência acumulada de indução de estro, respectivamente, em 85,7% e 171,4% (julho), 71,4% e 100% (agosto e 42,8% e 42,8% (setembro). O intervalo médio entre estros foi de 18.1% ± 2,4 dias, a taxa de ovulação de 1,0 e a cristalização típica total do muco cervical de 90,0%. Os animais do Tratamento 2 do Experimento A e do Tratamento do Experimento C(testemunhas) permaneceram em condições de clima e fotoperíodo naturais, em piquete de 1.5002. A detecção do estro em todos os experimentos foi procedida com auxílio de macho vasectomizado. A análise referente ao intervalo médio entre estro do Experimento B e do Experimento C(Tratamento 3) e a taxa ovula-tória entre ambos não revelou diferença significativa entre os animais tratados.