Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Aug 2024)

Adequação Alimentar de Indivíduos com Doença Cardiovascular Conforme Diretrizes Clínicas no Programa Alimentar Brasileiro Cardioprotetor

  • Luciana Brito,
  • Viviane Sahade,
  • Aline Marcadenti,
  • Camila Ragne Torreglosa,
  • Bernardete Weber,
  • Ângela Cristine Bersch-Ferreira,
  • Isa Galvão Rodrigues,
  • Antônio Carlos Sobral Sousa,
  • Adriana Barros Gomes,
  • Josilene Maria Ferreira Pinheiro,
  • Sandra Mary Lima Vasconcelos,
  • Daniele Maria de Oliveira Carlos,
  • José Albuquerque de Figueiredo Neto,
  • Clenise de Farias Dantas,
  • Carla Daltro

DOI
https://doi.org/10.36660/abc.20230705
Journal volume & issue
Vol. 121, no. 7

Abstract

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Resumo Fundamento Alcançar as metas nutricionais estabelecidas pelas sociedades científicas é um desafio constante e nem sempre alcançado. Objetivo Investigar a adequação alimentar de indivíduos com doença cardiovascular (DCV), participantes do Programa Alimentar Brasileiro Cardioprotetor residentes da região Nordeste do Brasil, segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Métodos Análise transversal com dados do estudo de implementação da Dieta Cardioprotetora Brasileira (DICA BR) que avaliou indivíduos com DCV, atendidos em centros especializados em saúde cardiovascular em oito estados do Nordeste. O consumo alimentar foi obtido por recordatório alimentar de 24 horas e a adequação da dieta seguiu as recomendações da SBC. Foram considerados significantes valores de p < 0,05. Resultados Foram estudados 647 pacientes, com média (desvio padrão) de idade de 63,1 (9,4) anos, sendo 50,2% do sexo feminino. Na avaliação da ingestão alimentar, observou-se baixa adequação de carboidratos (52,3%), proteínas (70,9%), lipídios (38,8%) e fibras (22,4%). Observou-se que a maioria das mulheres consumia dieta hipoproteica (59,2%) e idosos tinham maior inadequação no consumo de carboidratos (52,6%). Em relação a ingestão de sódio, os homens apresentaram maior ingestão (72,9%), enquanto os idosos apresentaram redução de 13%. Além disso, foi demonstrado que os homens ingeriam mais fibras (28,1%) e indivíduos com maior escolaridade tinham um consumo elevado de ácidos graxos saturados (70,5%). Conclusões A maioria dos indivíduos não alcançou as metas dietoterápicas preconizadas para prevenção cardiovascular secundária. Os achados do presente estudo reforçam a necessidade de implementação de estratégias estruturadas, a fim de estimular hábitos alimentares saudáveis nesses indivíduos.

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