Revista CEFAC (Jun 2015)

Função respiratória em indivíduos com deformidades dentofaciais

  • Letícia Korb da Silva,
  • Alcione Ghedini Brasolotto,
  • Giédre Berretin-Felix

DOI
https://doi.org/10.1590/1982-0216201513314
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 3
pp. 854 – 863

Abstract

Read online

OBJETIVO: caracterizar a função respiratória de indivíduos com deformidade dentofacia em relação às vias aéreas superiores e inferiores e ao aspecto da respiração voltado à fonação. MÉTODOS: 40 indivíduos adultos, divididos em três grupos: grupo controle, deformidade dentofacial II e deformidade dentofacial III, estando os dois últimos em tratamento ortodôntico para cirurgia ortognática. Realizado exame clínico do Protocolo MBGR para tipo e modo respiratório, fluxo aéreo nasal, possibilidade de uso nasal e obtenção do escore do protocolo; espirometria para avaliação da capacidade respiratória; fluxo aéreo expiratório utilizando espelho milimetrado para cálculo da área de embaçamento e medida do tempo de fonação de /s/. RESULTADOS: observou-se maior ocorrência do tipo respiratório médio superior para todos os grupos. Houve diferença estatística para modo respiratório, sendo a maioria dos participantes com deformidade dentofacial respiradores oronasais ou orais; no fluxo expiratório nasal, os indivíduos com deformidade dentofacial apresentaram fluxo reduzido unilateralmente; na possibilidade de uso nasal, o grupo deformidade dentofacial II teve maior número de indivíduos com prejuízo; no escore, o grupo deformidade dentofacial II apresentou os piores resultados. Indivíduos com menor possibilidade de uso nasal apresentaram menor área de embaçamento do espelho e menor tempo fonatório de /s/. Para os respiradores orais foi encontrado menor tempo fonatório de /s/. A análise estatística não evidenciou diferença entre os grupos nos exames objetivos. CONCLUSÕES: indivíduos com deformidade dentofacial apresentaram tipo respiratório médio superior, modo oral ou oronasal, reduzidos fluxo expiratório nasal e suporte respiratório para a fonação, sendo que prejuízos na possibilidade do uso nasal e a presença de respiração oral influenciaram a utilização do ar expiratório para a fala.

Keywords