Residência Pediátrica (Jun 2024)
Abordagem à agitação no serviço de urgência pediátrico
Abstract
A agitação psicomotora e a auto/heteroagressividade em crianças e adolescentes podem representar um desafio no serviço de urgência pediátrico (SU), pois são uma ocorrência frequente que chega a constituir até 5% das avaliações de urgência nos Estados Unidos. A agitação é um sinal altamente inespecífico, podendo resultar de condições orgânicas e/ou psiquiátricas, e requer, na sua gestão, adequação dos espaços do SU, treino dos profissionais envolvidos e aumento dos recursos de saúde mental nos SUs. A avaliação diagnóstica inicial deve conduzir a escolha terapêutica mais adequada, embora, em muitas situações, seja necessário intervir antes de terminar a exploração diagnóstica. Essa intervenção deve contemplar, em primeiro lugar, medidas ambientais e não farmacológicas. Quando necessário, poderá ser efetuada uma contenção farmacológica, sendo desaconselhada a contenção física nessas idades. Existe pouca literatura sobre a correta abordagem dessas ocorrências, e não há qualquer linha orientadora, de maneira que mais da metade dos profissionais do SU se sente inadequadamente preparados na sua gestão. Este trabalho propõe-sea reuniras evidências eos consensos disponíveis na literatura para criarumapoio prático para a abordagemdo paciente agitado no atendimento de urgência pediátrica, com enfoque nas abordagens não farmacológica e farmacológica, é baseado numa revisão da literatura, com recurso a múltiplas bases de dados de artigos em inglês, português e espanhol. Também foram analisadas as diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence (NICE), embora se apliquem ao comportamento agressivo eviolento enão àagitação psicomotora,entendendo adiferença,mas procurando elementos sobreponíveis eaplicáveis.
Keywords