Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2023)
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS EM GESTANTES NO ESTADO DO AMAPÁ NO PERÍODO DE 2018 A 2021
Abstract
Introdução: Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável que é causada pela bactéria Treponema pallidum, possui vários estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária) e com diferentes apresentações clínicas, no qual seu acometimento está fortemente ligado a relação sexual sem proteção e ao baixo nível de instrução. Considerando que este é um caso de saúde pública e com altas taxas de casos entre jovens, este estudo busca realizar uma análise do perfil epidemiológico da sífilis em gestantes no Estado do Amapá, no período de 2018 a 2021. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo de dados coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Boletim Epidemiológico de Sífilis de 2022, disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Resultados: Durante o período de 2018 a 2021, foram notificados 1105 casos confirmados de sífilis em gestantes no estado do Amapá, tendo o estágio da sífilis primária o mais prevalente com 515 (46,60%) de casos e com a capital Macapá sendo o município com maior registro, 70,85% dos casos confirmados. O ano com maior registro de casos foi em 2019 com 340 (30,76%). Dentre esses, o maior acometimento está em gestantes na faixa etária de 20-39 anos, com 736 (66,60%) casos, também merecem destaque as adolescentes de 15-19 anos com 329 (29,77%), além disso, outros dados com grande relevância é a escolaridade das gestantes acometidas neste período de tempo analisado, em que a maior incidência é entre gestantes que tem a 5ª a 8ª série incompleta do ensino fundamental com 213 (19,27%) casos. Conclusão: Diante do exposto, observa-se que o registro de sífilis em gestantes no estado do amapá, é mais prevalente em jovens na faixa etária de 20-39 anos de idade e com baixa escolaridade, apenas com a 5ª a 8ª série incompleta, o que mostra que a baixa escolaridade e o nível socioeconômico, pode estar associado ao sexo desprotegido estão fortemente interligados no aumento dos casos de sífilis.