Memorias do Instituto Oswaldo Cruz (Dec 1988)

Self-fertilization in the freshwater snails Helisoma duryi and Helisoma trivolvis Autofecundação nos moluscos planorbídeos Helisoma duryi e Helisoma trivolvis

  • W. Lobato Paraense,
  • Lygia R. Corrêa

DOI
https://doi.org/10.1590/S0074-02761988000400002
Journal volume & issue
Vol. 83, no. 4
pp. 405 – 409

Abstract

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Fifty specimens of five strains (10 per strain) of Helisoma duryi from Lima (Peru), St. Croix (Virgin Islands), Formosa (Brazil), Cartago (Costa Rica) and St. Vincent (Lesser Antilles), reared in isolation for about 150 days, laid 103 eggs. The numbers of eggs laid by the 10 specimens of each strain were respectively (viable eggs in parenthesis): 44(26), 1 (1), 5(0), 15 (7) and 38 (0). Egg production widely varied between the individuals of each strain, there being in all strains,except St. Vincent, a number of specimens (3 to 9) which did not lay any eggs. After the observation period the isolated specimens, including those that laid no eggs, readily engaged in cross-breeding when mated and brought forfh large numbers of eggs. Self-fertilized F 1s are fully interfertile, producing normal cross-fertilized offspring. Ten specimens of Helisoma trivolvis (strain from Zempoala, Mexico), also reared in isolation for about 120 days, laid 646 eggs, of which 74 were inviable. our data, added to those from a few ´revious studies cited in the text, show that self-fertilization is not so efficient an alternative mode of reproduction in H. duryi as in many other planorbids (it is a little more efficient in H. trivolvis than in H. duryi). Thus, H. duryi benefits much less from functional hermaphroditism which, besides other advantages, enables a single virgin individual to found a new population.Cinquenta espéciems de cinco cepas (10 de cada cepa) de helisoma duryi de Lima (Peru), St. Croix (Ilhas Virgens), Formosa (Brasil), Cartago (Costa Rica) e St. Vicent (Pequenas Antilhas), criados isoladamente durante cerca de 150 dias, depositaram 103 ovos.Os números de ovos postos pelos 10 espécimes de cada cepa foram respectivamente (ovos viáveis entre parênteses): 44(26), 1(1), 5(0), 15(7) e 38(0). A produção de ovos variou amplamente entre os indivíduos de cada cepa, havendo em todas elas, exceto na de St. Vicent, certo número de espécimes (3 a 9) que não puseram nenhum ovo. Depois do período de observação os espécimes isolados, inclusive os que não puseram ovos, prontamente passaram a copular quando acasalados e produziram grande número de ovos. Os F1s gerados por autofecundação foram perfeitamente interférteis, produzindo decendência normal por fecundação cruzada. Dez espécimes de Helisoma trivolvis (cepa de Zempoala, México), também criados isoladamente durante cerca de 120, depositaram 646 ovos, dos quais 74 foram inviáveis. Nossos dados, somados aos de poucos estudados anteriores citados no texto, mostraram que no H. duryi a autofecundação não é um modo alternativo de reprodução tão eficiente quanto em muitos outros planorbídeos (no H. trivolvis é um pouco mais eficiente que no H. duryi). H. duryi, portanto, beneficia-se muito menos do hermafroditismo funcional que, além de outras vantagens, capacita um único indivíduo virgem a fundar uma nova população.

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