Economia & Região (Mar 2016)
O reflexo da mecanização da colheita da cana de açúcar na remuneração aos fornecedores independentes da região de Sertãozinho
Abstract
A prática da queima da cana-de açúcar vêm sendo discutida pela sociedade agrícola, setor público e indústria em detrimento a algumas questões trabalhistas e ambientais. Como solução para esta questão, a colheita mecanizada tornou-se única opção possível de evitar a queima e por questões legais foi imposta aos agricultores. Nesse sentido, o estudo discutiu o problema da queima de cana e a colheita mecanizada nos âmbitos da região de Sertãozinho sob os aspectos legais e questionou o impacto gerado pela mecanização na qualidade da matéria prima. A região de Sertãozinho foi utilizada como estudo de caso e as informações foram obtidas através da associação de fornecedores de cana desta região. Concluiu-se que os fornecedores de cana deixaram de recolher a quantia de 384 milhões de reais e a unidade industrial deixou de produzir 493.000 toneladas de açúcar branco que poderiam ser absorvidos pelo mercado, o mesmo se refletiu no etanol hidratado, sendo que 205.000 metros cúbicos também não foram produzidos, com isso os dados denotam que os reflexos financeiros da produtividade com a colheita mecanizada são inferiores aos da colheita queimada.