Revista Brasileira de Anestesiologia (Oct 2005)

Estudo radiológico da dispersão de diferentes volumes de anestésico local no bloqueio de plexo braquial pela via posterior Estudio radiológico de la dispersión de diferentes volúmenes de anestésico local en el bloqueo de plexo braquial por vía posterior Radiological evaluation of the spread of different local anesthetic volumes during posterior brachial plexus block

  • Marcos Guilherme Cunha Cruvinel,
  • Carlos Henrique Viana de Castro,
  • Yerkes Pereira Silva,
  • Flávio de Oliveira França,
  • Flávio Lago

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-70942005000500005
Journal volume & issue
Vol. 55, no. 5
pp. 508 – 516

Abstract

Read online

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dispersão do anestésico local no bloqueio interescalênico foi bem estudada, porém no bloqueio pela via posterior são poucos os estudos. O objetivo deste estudo foi determinar a dispersão de diferentes volumes de anestésico local nesta técnica através de exame radiológico contrastado. MÉTODO: Dezesseis pacientes submetidos a bloqueio do plexo braquial pela via posterior, 15 foram divididos aleatoriamente em três grupos de cinco: Grupo 1: volume de 20 mL; Grupo 2: volume de 30 mL; Grupo 3: volume de 40 mL. Em um paciente, submetido a bloqueio contínuo do plexo braquial pela via posterior, a administração de um volume de 10 mL foi estudada. Em todos, o anestésico usado foi a ropivacaína a 0,375% associada a solução radiopaca. Foram feitas radiografias da região cervical imediatamente após o bloqueio que foi avaliado através da pesquisa de sensibilidade térmica utilizando-se algodão embebido em álcool, 30 minutos após a sua realização e na sala de recuperação pós-anestésica. RESULTADOS: O comportamento radiológico e clínico do bloqueio de plexo braquial pela via posterior é muito semelhante aquele descrito com a técnica de Winnie (interescalênico). Invariavelmente há envolvimento do plexo cervical e das raízes mais altas (C5-C7) do plexo braquial. CONCLUSÕES: Este estudo mostra que a dispersão do anestésico local no bloqueio do plexo braquial pela via posterior se dá primariamente nas raízes responsáveis pela inervação do ombro.JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La dispersión del anestésico local en el bloqueo interescalénico fue bien estudiada; en el bloqueo por la vía posterior son pocos los estudios. El objetivo de este estudio, fue determinar la dispersión de diferentes volúmenes de anestésico local en esta técnica a través de examen radiológico contrastado. MÉTODO: Dieciséis pacientes sometidos a bloqueo del plexo braquial por vía posterior, 15 fueron divididos aleatoriamente en tres grupos de cinco: Grupo 1: volumen de 20 mL; Grupo 2: volumen de 30 mL; Grupo 3: volumen de 40 mL. En un paciente, sometido al bloqueo continuado del plexo braquial por la vía posterior, la administración de un volumen de 10 mL fue estudiada. En todos, el anestésico usado fue la ropivacaína a 0,375% asociada a solución radiopaca. Fueron hechas radiografías de la región cervical inmediatamente después el bloqueo que fue evaluado a través de la pesquisa de la sensibilidad térmica utilizándose algodón embebido en alcohol, treinta minutos después de su realización y en la sala de recuperación anestésica. RESULTADOS: El comportamiento radiológico y clínico del bloqueo de plexo braquial por vía posterior es muy semejante de aquél descrito con la técnica de Winnie (interescalénico). Invariablemente hay envolvimiento del plexo cervical y de las raíces más altas (C5-C7) del plexo braquial. CONCLUSIONES: Este estudio muestra que la dispersión del anestésico local en el bloqueo del plexo braquial por la vía posterior se da primariamente en las raíces responsables por la inervación del hombroBACKGROUND AND OBJECTIVES: Local anesthetic spread during interscalenic block has been thoroughly studied, however there are few studies on posterior block. This study aimed at evaluating the spread of different local anesthetic volumes during posterior brachial plexus block using contrasted X-rays. METHODS: Participated in this study 16 patients submitted to posterior brachial plexus block, 15 of whom were randomly divided in three groups of five patients: Group 1: 20 mL; Group 2: 30 mL.; Group 3 40 mL. The volume of 10 mL was studied in one patient submitted to continuous posterior brachial plexus block. All patients received 0.375% ropivacaine associated to radio-opaque solution. X-rays of the cervical region were obtained immediately after blockade that were evaluated by thermal sensitivity using cotton soaked in alcohol 30 minutes after being performed and in the PACU. RESULTS: Radiological and clinical behavior of posterior brachial plexus block is very similar to Winnie’s technique (interscalenic). There is always involvement of cervical plexus and of higher brachial plexus roots (C5-C7). CONCLUSIONS: This study has shown that local anesthetic spread during posterior brachial plexus block is seen primarily in shoulder innervating roots.

Keywords