Revista Brasileira de Futsal e Futebol (Oct 2016)
Taxa de ocupação das arenas após a Copa do Mundo FIFA no Brasil: uma questão de Engenharia de Empreendimentos
Abstract
No ano de 2014 o Brasil sediou o maior campeonato de futebol do mundo, a Copa do Mundo da FIFA, evento este que reuniu as 32 melhores seleções nacionais da atualidade num torneio aguardado com empolgação por todos os amantes do esporte mais popular do planeta a cada quatro anos. Para sediar este mundial o Brasil reformou (atualizou) ou construiu 12 estádios, que passaram a ser chamados de arenas, assumindo o perfil contemporâneo de grandes espaços de uso múltiplo. Todavia, alguns questionamentos remetem ao uso original desses espaços, qual seja, abrigar jogos de futebol. Sendo assim, qual teria sido a taxa de ocupação desses estádios (ou, arenas) no principal campeonato de futebol do país logo após a Copa do Mundo? Este Trabalho apresenta o resultado de um levantamento feito com base nos dados oficiais da CBF para o campeonato brasileiro de futebol da primeira divisão. Os números não parecem animadores, mas dão mostras de que há meios de reverter o quadro e atingir em determinadas circunstâncias uma taxa de ocupação nas arenas semelhante àquelas verificadas durante o mundial. Para isso há que se proceder a um adequado plano de gestão do futebol, considerado um dos maiores negócios do esporte e da indústria de entretenimento no mundo todo. ABSTRACT Occupancy rate in the Brazilian arenas constructed for FIFA World Cup: a matter of engineering and projects In the year 2014 the Brazil hosted the biggest football tournament in the world, the FIFA World Cup, an event that brought together the top 32 selections today's national a tournament awaited with excitement to all lovers of the most popular sport on the planet every four years. To host this event Brazil has reformed (updated) or built 12 stadiums, which began to be called arenas, assuming the profile of contemporary large spaces for multiple use. However, some questions refer to original use of these spaces, which is sheltering football matches. Thus, what would have been the rate of occupancy of these stadiums (or, arenas) in the main football competition of the country immediately after the FIFA World Cup? This work presents the results of a survey carried out on the basis of official data from CBF to the Brazilian football championship of the first division. The numbers do not seem to be encouraging, but show that there is a way to reverse the situation and achieve in certain circumstances an occupancy rate in arenas similar to those observed during the world.