Medicina (Jun 2008)
AUTOMEDICAÇÃO EM OFTALMOLOGIA
Abstract
Objetivo: Avaliar as características, conseqüências e o risco da prática da automedica ção em pacientes atendidos no Pronto Socorro de oftalmologia do Hospital das Clínicas de Botucatu (UNESP). Métodos:Foram incluídos no estudo 60 pacientes que haviam se submetido a qualquer forma de automedicação. Os seguintes dados foram coletados no momento do atendimento: idade, sexo, profissão, queixa principal, acuidade visual com melhor correção, como ocorreu a indicação da automedicação (por amigos/parentes, balconista, mídia ou por conta própria), tipo de medicamento (colírio ou pomada) /produto utilizado (lente de contato), custo (R$), tempo gasto para procurar assistência médica especializada, como se deu a orienta ção para procura de um oftalmologista, complicações oculares devido à automedicação, o risco de complicação, diagnóstico final. Resultados:A maioria dos atendidos era do sexo masculino (72%). A idade dos pacientes variou de 7 a 77 anos, sendo a m dia de 40,9 anos. A maioria dos pacientes utilizou medicamentos que já possuía no domicílio e demoravam em média três dias para procurar auxílio especializado. Os vasoconstritores tópicos foram a classe de colírios mais utilizadas pelos analisados (17%), porém muitos não sabiam que droga estavam instilando nos olhos (21%). A grande maioria dos pacientes atendidos (68%) possuía potencial risco de prejuízo visual. Foram encontrados 12% de complicações devido a pratica da automedicação, sendo que destes, 42% foi devido ao uso de lentes de contato sem a supervisão de um oftalmologista. Conclusão: A maioria dos pacientes atendidos utilizou medicamentos que já possuía no domicílio. A classe de medicamento mais usada foi a de vasoconstritores tópicos, porém muitos, não sabiam que droga estavam instilando em seus olhos (21%).
Keywords