Holos (Apr 2010)
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL FITORREMEDIADOR DA MAMONA (Ricinus communis L) UTILIZANDO EFLUENTE SINTÉTICO CONTENDO CHUMBO.
Abstract
Os estudos de novas formas para o tratamento de efluentes domésticos e industriais vêm aumentando gradativamente no Brasil, neste contexto destacam-se as correntes que defendem a atenuação natural e a biorremediação. Por essas razões, em anos recentes, passou-se a dar preferência a métodos in situ, os quais são mais econômicos e perturbam menos o ambiente. Uma técnica de remediação natural é a fitorremediação que, aplica-se à utilização de vegetação (árvores, arbustos, plantas rasteiras e aquáticas) e de sua microbiota com o fim de remover, degradar ou isolar substâncias tóxicas ao ambiente. O presente trabalho teve como objetivo testar o capacidade de fitorremediação da mamona (Ricinus Communis L.) na redução das concentrações de chumbo presente em efluente sintético, cujas características simulam aquelas encontradas em um dos principais efluentes da indústria de exploração do petróleo, a água de produção tratada. O delineamento experimental utilizado no estudo foi o de blocos inteiramente casualizado com a variação das concentrações de chumbo distribuídas em quatro tratamentos: 0 µg/L (T1), 250 µg/L (T2), 500 µg/L (T3), 1000 µg/L (T4). Na análise dos dados foi aplicado o teste estatístico ANOVA para a comparação das médias nos tratamentos. A avaliação realizada nas concentrações de chumbo no lixiviado indicou que ocorreram remoções máximas de 67,42%, 87,34% e 94,74% para os tratamentos T2, T3 e T4, respectivamente. A retenção do chumbo nos tecidos (sistema radicular, caule e folhas) da mamona indicou que a planta apresentou boa capacidade de bioacumular o chumbo. PALAVRAS-CHAVE: Fitorremediação, Chumbo, Mamona.