arq.urb (Dec 2019)
Das revoluções aos levantes
Abstract
Há diferentes formas de manifestar indignação em relação à estrutura vigente. No tocante ao poder estabelecido por um Estado ou, até mesmo, organizações morais que controlam os corpos e as ações sociais, a maneira mais comum de manifestar-se ocorre por meio da ocupação das ruas e criação de “palavras de ordem”, demonstrando revolta, fazendo uso ou não de bloqueio e/ou depredações do espaço físico. Entretanto, existem diferentes formas de manifestar-se nomeadas por diversos autores (DIDI-HUBERMAN, 2016; FOUCAULT, 1994; ARENDT, 2001; BENJAMIN, 2006; FLORESTAN FERNANDES, 2000; BADIOU, 2012; HOBSBAWM, 1995; CANDIOTTO, 2013). Das revoluções aos levantes, por exemplo, há claras diferenças em relação à organização interna, objetivo e atuação. Até mesmo dentro de cada um dos conceitos, é possível observar leitura distintas quando analisadas as perspectivas de escrita de cada pensador. Neste artigo buscar-se-á analisar e qualificar algumas esferas e maneiras de manifestação ou ação coletiva, pensando suas contradições e modificações ao longo da história, principalmente para compreender a relação com movimentos sociais e ativismo dentro do cenário contemporâneo.