ABCD: Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (Dec 2009)

Evaluation of patients with schistosomal portal hypertension treated in a tertiary hospital Perfil dos pacientes com Esquistossomose Mansoni tratados em hospital terciário

  • Fábio Ferrari Makdissi,
  • Paulo Herman,
  • Renata Potonyacz Colaneri,
  • Barbara dos Santos Nunes,
  • Vincenzo Pugliese,
  • Roberto de Cleva,
  • William A. Saad,
  • Luiz Augusto Carneiro D`Albuquerque,
  • Ivan Cecconello

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-67202009000400006
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 4
pp. 212 – 215

Abstract

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BACKGROUND: Schistosomiasis is an important public health issue in more than 70 countries around the world. About 600 million people are at risk to acquire the parasite and there are 200 million infected worldwide. AIM: To evaluate the characteristics of schistosomal portal hypertension individuals who underwent previous esophageal varices bleeding treated in a tertiary hospital. METHODS: The records of 155 patients were evaluated and clinical, laboratorial, endoscopic, epidemiological features and hemorrhagic event severity were analyzed to individualize this population. RESULTS: Mean age was 37.2 years and no clinical signs of hepatic failure were observed. Serum laboratory tests to evaluate liver function were normal or slightly alter. Anemia was present in 70 %, leucopenia in 75 % and thrombocytopenia in 86 % of the patients. At endoscopic evaluation varices were classified as grade III and IV in 91.3 %; red spots were observed in 40.3 % and congestive gastropathy in 13.6 %. Patients presented a mean of 2.8 previous episodes of variceal hemorrhage and, in 75 % with hemodynamic instability. CONCLUSIONS: Patients with schistosomal portal hypertension and history of upper digestive bleeding from esophageal varices are young individuals, without either clinical or laboratorial evidence of liver dysfunction, that present high morbidity due to the severity of the acute event of bleeding.RACIONAL: Esquistossomose é importante doença na saúde pública envolvendo mais de 70 países. Cerca de 600 milhões de pessoas estão em áreas de risco para adquirir a doença e em torno de 200 milhões estão por ela infectados. OBJETIVO: Avaliar as características da hipertensão porta esquistossomótica em indivíduos que se submeteram previamente a tratamento de varizes esofágicas hemorrágicas em hospital terciário. MÉTODOS: Os prontuários de 155 pacientes foram avaliados analisando-se aspectos clínicos, laboratoriais, endoscópicos, epidemiológicos e intensidade de eventos hemorrágicos. RESULTADOS: A idade média foi de 37.2 anos e não havia sinais clínicos de insuficiência hepática. Análises séricas para avaliação da função hepática foram normais ou levemente alteradas. Anemia estava presente em 70 %, leucopenia em 75 % e trombocitopenia em 86 %. Na endoscopia as varizes foram classificadas em graus III e V em 91.3 %; red spots foram vistos em 40.3 % e gastropatia congestiva em 13.6 %. Os pacientes apresentaram média de 2.8 prévios episódios de hemorragia por varizes e em 75 % havia instabilidade hemodinâmica. Conclusões - Pacientes com hipertensão porta esquistossomótica e histórico de sangramento digestivo alto por varizes esofágicas são jovens, sem evidências laboratoriais de alteração hepática importante e apresentam alta morbidade, devido à severidade do evento hemorrágico.

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