Revista de Economia Mackenzie (Dec 2021)

Valorização dos Bens Culturais: uma interpretação através da hipótese autorreferencial de Keynes

  • Diego Gonçalves Favorato,
  • Filipe de Castro Vieira,
  • Arthur Osvaldo Colombo

DOI
https://doi.org/10.5935/1808-2785/rem.v18n2p.193-210
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 2
pp. 193 – 210

Abstract

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O objetivo deste artigo é levantar uma interpretação para a determinação do valor dos bens culturais. As teorias do valor sempre buscaram determinar o que definiria o valor de um bem. Grosso modo, para os clássicos, o valor é proveniente do trabalho, enquanto para os neoclássicos o valor é adquirido através da utilidade. Porém, um quadro, por exemplo, não tem seu valor determinado pelo tempo de trabalho inserido em sua produção e não é um bem homogêneo para ter seu valor determinado através da utilidade. Dessa forma, foi concluído que bens culturais adquirem uma dimensão simbólica que está ligada ao habitus de classe, que se dá a partir de construções sociais, e o valor desses bens pode ser determinado pela hipótese autorreferencial, isto é, será referendado pelas convenções sociais do próprio mercado, fazendo com que o valor de um bem cultural seja definido dentro do próprio campo de produção, caracterizado pela aleatoriedade.

Keywords