Revista Portuguesa de Cardiologia (Jun 2016)

The arterial baroreflex effectiveness index in risk stratification of chronic heart failure patients who are candidates for cardiac resynchronization therapy

  • João Fernandes Serôdio,
  • Mário Martins Oliveira,
  • Sérgio Matoso Laranjo,
  • Cristiano Tavares,
  • Pedro Silva Cunha,
  • Ana Abreu,
  • Luísa Branco,
  • Sandra Alves,
  • Isabel Rocha,
  • Rui Cruz Ferreira

Journal volume & issue
Vol. 35, no. 6
pp. 343 – 350

Abstract

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Introduction: Baroreflex function is an independent marker of prognosis in heart failure (HF). However, little is known about its relation to response to cardiac resynchronization therapy (CRT). The aim of this study is to assess arterial baroreflex function in HF patients who are candidates for CRT. Methods: The study population consisted of 25 patients with indication for CRT, aged 65±10 years, NYHA functional class ≥III in 52%, QRS width 159±15 ms, left ventricular ejection fraction (LVEF) 29±5%, left ventricular end-systolic volume (LVESV) 150±48 ml, B-type natriuretic peptide (BNP) 357±270 pg/ml, and peak oxygen consumption (peak VO2) 18.4±5.0 ml/kg/min. An orthostatic tilt test was performed to assess the baroreflex effectiveness index (BEI) by the sequence method. This group was compared with 15 age-matched healthy individuals. Results: HF patients showed a significantly depressed BEI during tilt (31±12% vs. 49±18%, p=0.001). A lower BEI was associated with higher BNP (p=0.038), lower peak VO2 (p=0.048), and higher LVESV (p=0.031). By applying a cut-off value of 25% for BEI, two clusters of patients were identified: lower risk cluster (BEI >25%) QRS 153 ms, LVESV 129 ml, BNP 146 pg/ml, peak VO2 19.0 ml/kg/min; and higher risk cluster (IEB ≤25%) QRS 167 ms, LVESV 189 ml, BNP 590 pg/ml, peak VO2 16.2 ml/kg/min. Conclusions: Candidates for CRT show depressed arterial baroreflex function. Lower BEI was observed in high-risk HF patients. Baroreflex function correlated closely with other clinical HF parameters. Therefore, BEI may improve risk stratification in HF patients undergoing CRT. Resumo: Introdução: O barorreflexo arterial é comprovadamente um marcador independente de prognóstico na IC. Contudo, pouco se sabe sobre a relação entre a função do barorreflexo e a resposta à TRC. Assim, o objetivo deste estudo é avaliar a função barorreflexa em doentes com IC candidatos a TRC. Métodos: A população deste estudo prospetivo consistiu em 25 doentes com 65±10 anos, classe NYHA ≥III em 52%, QRS 159±15 ms, fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) 29±5%, volume telessistólico do ventrículo esquerdo (VTSVE) 150±48 mL, péptido natriurético tipo-B (BNP) 357±270 pg/ml, consumo máximo de oxigénio (VO2 max) 18,4±5,0 ml/kg/min. Foi implementado um teste de ortostatismo passivo para avaliar o índice de eficácia do barorreflexo (IEB), através do método sequencial. O grupo controlo foi constituído por 15 indivíduos saudáveis emparelhados para a idade. Resultados: Os doentes com IC apresentaram um IEB significativamente reduzido durante o tilt (31±12% versus 49±18%, p=0,001). Um IEB diminuído associou-se a um BNP elevado (p=0,038), a um VO2 diminuído (p=0,048) e a um VTSVE aumentado (p=0,031). Aplicando um cut-off 25% para o IEB, foram identificados dois clusters de doentes: cluster de risco menor risco (IEB>25%) QRS 153 ms, VTSVE 129 mL, BNP 146 pg/mL, VO2 max 19,0 mL/kg/min; cluster de maior risco (IEB≤25%) QRS 167 ms, VTSVE 189 mL, BNP 590 pg/mL, VO2 max 16,2 mL/kg/min. Conclusões: Doentes candidatos a TRC apresentam barorreflexo deprimido. O BEI diminuído foi observado nos doentes de maior risco. O barorreflexo correlacionou-se bem com outros parâmetros de gravidade de IC. Desta forma, o BEI pode contribuir para a estratificação de risco dos doentes com IC submetidos a TRC. Keywords: Heart failure, Cardiac resynchronization therapy, Arterial baroreflex, Palavras-chave: Insuficiência cardíaca, Ressincronização cardíaca, Reflexo barorrecetor arterial