Ornamental Horticulture (Jun 2007)

Efeito do hormônio BAP em meristemas apicais de duas cultivares de Maracujazeiroazedo (Passiflora edulis Sims) em meio MS com diferentes vitaminas.

  • L. M. Souza,
  • S. R. M Andrade

DOI
https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1620
Journal volume & issue
Vol. 13

Abstract

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O Brasil é o maior produtor mundial de Maracujazeiro-azedo, produzindo cerca de 450000 toneladas por ano. No entanto, a produtividade tem apresentado queda principalmente por fatores fitossanitários, mudas de baixa qualidade e contaminadas com patógenos, manejo incorreto do solo, irrigação, incidência de pragas e ausência de polinização manual. A necessidade de protocolos específicos para cada cultivar dificulta a utilização do cultivo in vitro de explantes, mas, uma vez que medidas tradicionais de controle de viroses não têm tido sucesso, o estabelecimento de explantes meristemáticos in vitro se apresenta como uma possibilidade real para realização de limpeza clonal. O presente projeto visa estudar o efeito de diferentes concentrações de BAP e dois tipos de vitaminas. Os explantes utilizados neste trabalho foram meristemas apicais de duas cultivares, com tamanho de aproximadamente 1,5 milímetros, coletados em plantas da coleção de maracujazeiros da Embrapa Cerrados. A desinfecção dos explantes foi feita com imersão em álcool 70% (5 minutos), solução de hipoclorito de sódio 1% (15 minutos) e posterior tríplice lavagem em água destilada e autoclavada por 5 minutos cada. Os ápices foram acondicionados em potes de vidro contendo cerca de 25ml de meio e 4 explantes, sendo levados à câmara de crescimento com análises e troca de meio a cada 21 dias. Foram testadas as vitaminas MS e B5 e as concentrações de BAP de 0, 1 e 3 mg/l, formando os seguintes tratamentos: meio MS + vitamina MS 1mg/L + 0 mg/L, meio MS + vitamina MS 1mg/L + 1 mg/L, meio MS + vitamina MS 1mg/L + 3 mg/L, o mesmo foi feito com a vitamina B5. As avaliações de desenvolvimento e cor foram realizadas aos 21, 42 e 63 dias após transferência para o meio sem BAP. Não foram observadas diferenças significativas no desenvolvimento em função do tratamento, exceto por alguns explantes isolados. Esses resultados podem ser devido ao curto período de tempo de avaliação após indução com BAP, uma vez que trabalhos sobre o efeito do meio de cultura no desenvolvimento apical de maracujá obtiveram respostas aos 60, 90 e 120 dias após a indução.