DATJournal (Aug 2019)

Da curadoria de artista a alguma outra coisa

  • Lucas Bambozzi

DOI
https://doi.org/10.29147/dat.v4i2.125
Journal volume & issue
Vol. 4, no. 2
pp. 3 – 21

Abstract

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O texto especula a permeabilidade entre práticas artísticas e curatoriais, a partir de uma série de projetos que poderiam ser entendidos como propostas ambivalentes, cruzando o terreno entre essas atividades. Se um artista pode ser um curador, que escolhas essa condição ambígua determina? A serviço de que decisões e situações, para além da própria carreira, pode-se operar essa prática? Trata-se de um relato em primeira pessoa que se lança sobre as perspectivas reais de entendimento de possíveis tipologias da curadoria associada ao campo das artes e mídias. O texto aborda pensamos de críticos como Claire Bishop, Elena Filipovic, Hal Foster, Hans Ulrich Obrist e outros, em pensamentos que buscaram expandir o campo de atuação de artistas em relação a práticas curatoriais. Considerando um grande número de artistas atuantes nas confluências desse campo no Brasil, como os brasileiros raziela Kunsch, Giselle Beiguelman, Fernando Velazquez, Marcus Bastos, Roberto Traplev, Kika Nicolela, Bruno Mendonça, Sonia Guggisberger, Claudio Bueno, Gabriel Menotti ou Daniel Lima, o texto enseja um novo ambiente para essas práticas, que envolvem novas configurações de espaços do tipo artist-run spaces (espaços autogeridos) ou exposições preparadas exclusivamente por artistas. Sem afirmar dogmas, arriscar genealogias ou pre-definir terrenos de atuação, o texto resvala pensamentos associados à frase “Não sabendo que era impossível, foi lá e fez”, como o devaneio de um curador que acabou sendo sem saber que era ou podia ser.

Keywords