Brazilian Journal of Veterinary Medicine (Sep 2013)

LIMITAÇÕES AO USO DO ANTIBIOGRAMA NO TRATAMENTO E CONTROLE DAS MASTITES NA ROTINA DAS PROPRIEDADES LEITEIRAS

  • Janne Paula Neres Barros,
  • Luana Vilela Lopes,
  • Diego Medeiros Lima,
  • Ingrid Pereira Estevan,
  • Ângela Oliveira,
  • Rita de Cássia Campbell Machado Botteon

Journal volume & issue
Vol. 35, no. 3
pp. 212 – 216

Abstract

Read online

Em três propriedades de 65, 81 e 105 vacas em lactação foram identificadas, respectivamente 15, 18 e 11 quartos com mastite clínica. Buscou-se realizar um levantamento das formulações antimastíticas disponíveis no comércio local e o encaminhamento das amostras de leite de quartos mamários com mastite clínica para cultura e antibiograma. Em cinco lojas agropecuárias 17 formulações antimastíticas estavam disponíveis. Cinco continham como princípio ativo a gentamicina, quatro o cefoperazone e duas a penicilina sódica. De sete laboratórios pesquisados quatro não processavam material procedente de animais e dois solicitaram informações sobre agentes mais isolados e antibióticos a serem testados. Em um laboratório que realizava os testes rotineiramente cada amostra seria processada por 38 reais com resultados em até 14 dias. Os exames custariam aos proprietários A, B e C, respectivamente 570, 684 e 418 reais ou 814, 977 e 577 litros de leite. Decidiu-se pelo tratamento por três dias consecutivos. Para três aplicações com as formulações “mais vendidas” o custo médio por quarto foi 18,30 reais ou 26,1 litros de leite. Cinco vacas não se recuperaram (11,4%). Concluímos que embora importante para escolha do antibiótico a ser utilizado o antibiograma é inviável pelo custo, morosidade e dificuldades inerentes à técnica.

Keywords