Ciência Rural (Jun 2000)
Humoral immune response in cattle experimentally infested with larvae of Dermatobia Hominis Resposta imune humoral em bovinos infestados experimentalmente com larvas de Dermatobia Hominis
Abstract
Six bovines were infested with 60 first instar larvae of Dermatobia hominis. The animals were bleed weekly, and their antibodies levels to D. hominis L1, L2 and L3 instars measured during the time, following the infestation course. The antisera were submitted to a titration against optimal dilutions of antigen coated wells of microplates, previously sensitized with L1, L2 and L3 preparations, respectively. The ELISA assay was used to test single dilutions of antisera, which results were comparatively analyzed with a control of not infested animals. Antibodies against L1 were detected between the first and 21st day post-infestation (DPI) and, from the 42nd DPI on. Anti-L2 antibodies, could be detected on the 21st DPI and from the 35th DPI until approximately the 49th DPI, when it was observed a decreasing of antibodies titration equivalent to the control group. No antibodies were detected against the L3 instar-antigens. Antibodies levels against L1 showed absorbance higher than 1.500 O.D. at 492nm in the ELISA assay, when compared to the 0.096 O.D. observed to the negative animals. High anti-L2 antibodies were also detected on the 21st DPI, where two animals showed O.D. of 0.450 and 0.900 at 492nm, with a cut-off estimated on 0.110 O.D. It was also demonstrated a rising of anti-L2 antibodies in the same four animals, which presented antibodies response against L1 instar. The obtained results, with an estimated prevalence of 50%, were comparatively evaluated, taking the double diffusion immunoassay precipitation test as a standard, and showed a concordance of 98%. The association between infestation and presence of specific antibodies was also discussed.Foram estudadas as alterações imunológicas em um grupo de seis bovinos infestados, experimentalmente, com 60 larvas de primeiro ínstar (L1) de Dermatobia hominis por animal, enquanto que outro grupo de seis animais foi utilizado como controle. Amostras de sangue tomadas, semanalmente, durante a infestação experimental, foram analisadas para se detectar anticorpos anti-L1, anti-L2 e anti-L3 de D. hominis, utilizando-se a técnica de ELISA, na qual utilizou microplacas contendo amostras de soro dos animais e preparações antigênicas de L1, L2 e L3. Observou-se nos animais infestados, o aparecimento de anticorpos anti-L1 desde o primeiro até o 21º dia pós-infestação (DPI) e após o 42º DPI, enquanto que os anticorpos anti-L2 foram detectados no 21º DPI, e no período do 35º ao 49º DPI, seguido de declínio até atingirem valores semelhantes aos animais controles. Não se detectaram níveis expressivos de anticorpos para antígenos de L3. Os níveis de anticorpos anti-L1 dos animais infestados revelaram absorbância (D.O.) alta, ou seja, acima de 1,500 a 492nm quando comparado ao valor médio de 0,096 obtido nos animais controles, o que também ocorreu com os níveis de anticorpos anti-L2 no 21º DPI, nos quais dois animais apresentaram valores de D.O. de 0,450 e 0,900 a 492nm, em relação ao valor discriminante (cut-off) estimado em 0,110 dos animais controles. Verificou-se um aumento dos níveis de anticorpos anti-L2 em quatro animais que também apresentaram resposta contra antígenos de L1. Os resultados obtidos com a técnica de ELISA, pressupondo-se uma prevalência de 50%, quando comparados com a técnica padrão de imunodifusão dupla, revelaram uma concordância de 98%. Discutiu-se ainda a associação entre infestação e presença de anticorpos específicos.
Keywords