Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (Mar 2019)
Principais dificuldades enfrentadas por farmacêuticos para exercerem suas atribuições clínicas no Brasil
Abstract
Objetivo: Determinar as principais dificuldades enfrentadas por farmacêuticos brasileiros para exercerem suas atribuições clínicas. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório realizado a partir de um painel de especialistas, utilizando a técnica Delphi adaptada em duas rodadas, com 50 farmacêuticos brasileiros membros de Grupos de Pesquisa em Farmácia Clínica, que tem contato direto com o paciente. Na primeira rodada, os participantes listaram dificuldades para exercer atribuições clínicas. Dois avaliadores independentes categorizaram estas dificuldades sendo medido o coeficiente Kappa para medir o grau de concordância. Um terceiro avaliador intervinha em valores menores que 0,40. Na segunda rodada, a categorização foi enviada aos participantes, que realizaram priorização por pontos. Partindo da soma das priorizações determinou-se a priorização das dificuldades de todo o grupo. Resultados: 44 farmacêuticos clínicos participaram do estudo, sendo 72,7% do sexo feminino e com tempo de experiência atuando como farmacêutico clínico de 70,18 (±53,7) meses. A região Centro-Oeste não teve participantes.Obteve- se um elenco de 116 respostas, em que os dois avaliadores categorizaram em 12 dificuldades não obtendo concordância em apenas uma delas (única com k < 0,40). As três dificuldades priorizadas como mais importantes estão relacionadas com a formação profissional. As principais dificuldades levantadas pelos participantes indicam que a educação farmacêutica está diretamente envolvida na execução dos serviços clínicos. Uma reforma educacional, tanto nos cursos de graduação como pós-graduação, se faz necessária paraa mudança no cenário no país.