Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2024)

EP-150 - MENOS É MAIS? RESULTADOS DE MAIOR EFICÁCIA EM VIDA REAL DE TARV HIV DUPLA SIMPLIFICADA EM UMA COORTE BRASILEIRA

  • Pietra Vivian Stanicki,
  • Ana Lígia Queiroz de Arruda,
  • Bruna Y.Q. Arruda,
  • Emilly Zambelli Cogo,
  • Gabriella M.G. Batista,
  • Mariana Ferreira Morais,
  • Matheus Feitosa de Azevedo,
  • Ricardo Mastandrea Juliano,
  • Thomas Kenzo Hamada,
  • Alexandre Naime Barbosa

Journal volume & issue
Vol. 28
p. 104073

Abstract

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Introdução: A simplificação da Terapia Antirretroviral (TARV) contra o HIV utilizando duas medicações é estratégia que visa mitigar os potenciais eventos adversos dos ITRNs, mantendo a eficácia da supressão virológica, e foi demonstrada em diversos ensaios clínicos e estudos de efetividade. Alguns trabalhos sugerem que expansão do uso da simplificação em vida real no tratamento de Pessoas Vivendo com HIV (PVH) tem o potencial de amplificar os benefícios desses esquemas à ponto de superar as taxas de efetividade da TARV convencional com três medicações. Objetivo: Comparar a efetividade da simplificação da TARV HIV com duas medicações em relação à esquemas convencionais com três antirretrovirais em vida real no tratamento de PVH de uma coorte brasileira. Método: Estudo que contempla uma coorte observacional, englobando 1.020 PVH > 18 anos em retirada e seguimento regular da TARV entre janeiro/2020 e julho/2022. Grupos: G2D - PVH com TARV simplificada (3TC+DTG ou 3TC+DRV/r ou DTG/DRV/r), e G3D - PVH com TARV convencional com 3 medicações (controle). Efetividade da TARV: Percentual de pacientes com Carga Viral do HIV-1 (CV-HIV) 50 anos foi significativamente mais prevalente em G2D em comparação ao G3D (p 500 cópias/mL, G3D teve maior percentual que G2D (10,1% vs 1,6%, p < 0,05). No tocante à baixa viremia persistente (CV-HIV entre 50 e 500 cópias/mL), não se observou diferença significante. Conclusão: Esquemas de TARV simplificada com duas medicações apresentam muitos benefícios, como redução da toxicidade, e melhor tolerabilidade, e dessa forma, podem justificar o resultado desse estudo por significar maior adesão ao tratamento. Outra variável que pode estar associada é a maior frequência desses esquemas em PVH com mais de 50 anos, que apresentam maior percepção de risco e conscientização sobre a importância da adesão à TARV.