Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2023)
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS LEUCEMIAS AGUDAS NO RIO GRANDE DO NORTE
Abstract
Introdução/Objetivo: A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos e tem sua origem, na maioria das vezes, desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de blastos anormais na medula óssea, que terminam por substituir as células sanguíneas normalmente presentes. São divididas em agudas e crônicas; e, no geral, as leucemias agudas apresentam uma evolução muito rápida, o que torna necessário o diagnóstico precoce e o tratamento rápido. Logo, solicitar o hemograma com análise do esfregaço sanguíneo, com base nos sintomas clínicos, é caracterizado como passo inicial para diagnóstico. Ademais, objetivou-se descrever as características laboratoriais e determinar o perfil do sangue periférico para sugerir exames de medula óssea e direcionar o tratamento. Material e métodos: Foram analisados perfis laboratoriais, incluindo o hemograma, de 98 pacientes diagnosticados com Leucemia Aguda no estado do Rio Grande do Norte no período de janeiro de 2020 a julho de 2023 a partir de informações coletadas em prontuários nos maiores hospitais do estado. Resultado: Dentre os 98 pacientes diagnosticados, 90% adultos, foi demonstrado uma hemoglobina de, em média, 8.3 g/dL; leucócitos 19.200 mm3; plaquetas 41.300 mm3. No ensaio, o subtipo mais frequente foi a Leucemia Mieloide Aguda (LMA) com 64,7% dos casos analisados, seguido da linhagem LLA-B com 18,9%; Em menor frequência apresentadas estão o subtipo Leucemia Aguda Promielocítica (LPA) com 10,8% acompanhado da LLA-T com 5,3% da amostragem. Discussão: Na maioria das vezes, o diagnóstico das Leucemias Agudas inicia-se a partir de uma suspeita clínica e se baseia na avaliação do sangue periférico e da medula óssea. A partir dessa análise, foi evidenciada a importância de um acesso a exames simples, como o hemograma, para uma investigação de forma rápida. Embora a morfologia continue sendo fundamental para o diagnóstico, técnicas adicionais, incluindo imunofenotipagem, avaliação citogenética e estudos de genética molecular, são essenciais e, em alguns casos específicos, são ferramentas complementares obrigatórias. Conclusão: Assim, devido à rápida evolução da doença com prognóstico grave e agressivo, é de suma importância o diagnóstico na sua fase inicial. Dessa forma, os exames laboratoriais são o passo principal, após apresentação clínica do paciente, o hemograma bem como o mielograma, destacam-se por serem exames de baixo custo e por sua alta especificidade para além acompanhamento pré e pós-tratamento.