Cadernos de Linguística (Jan 2022)

O lugar da Gramática de Anchieta na história do pensamento linguístico no Brasil

  • Leonardo Ferreira Kaltner

DOI
https://doi.org/10.25189/2675-4916.2021.v2.n1.id610
Journal volume & issue
Vol. 2, no. 1

Abstract

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O presente artigo, derivado de apresentação na série Abralin ao Vivo – Linguistas online, na mesa-redonda intitulada “Gramaticografia – teoria e método”, é um relato dos resultados parciais do projeto de pesquisa Regna Brasillica: o Brasil quinhentista à luz da Historiografia da Linguística. O projeto Regna Brasillica é realizado no contexto do grupo de pesquisas “Filologia, línguas clássicas e línguas formadoras da cultura nacional” (CNPq/UFF), vinculado, institucionalmente, ao Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem da Universidade Federal Fluminense (Posling/UFF). O artigo inicia-se com um debate teórico-cultural sobre a história do pensamento linguístico no Brasil e o lugar da Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil de S. José de Anchieta, SJ (1534-1597), nesse contexto. Debate-se, em seguida, a descrição das línguas indígenas e africanas no contexto da América portuguesa quinhentista e a rotulagem de “línguas clássicas do Brasil”. Na terceira parte do artigo, há considerações e comentários linguísticos sobre a gramatização da língua indígena por Anchieta, para a descrição atual desse processo, a partir do conceito de retórica na Historiografia da Linguística. Por fim, na quarta parte do artigo, analisa-se o “pensamento linguístico” (linguistic thought) do missionário quinhentista, a partir da categoria de “nome”, em sua gramática, e sua vinculação à corrente de pensamento do humanismo renascentista português.

Keywords