Jornal de Pediatria (Apr 2007)

Seguimento do estado de remissão de crianças com artrite idiopática juvenil Remission status follow-up in children with juvenile idiopathic arthritis

  • Taciana A. P. Fernandes,
  • José Eduardo Corrente,
  • Claudia S. Magalhães

DOI
https://doi.org/10.1590/S0021-75572007000200008
Journal volume & issue
Vol. 83, no. 2
pp. 141 – 148

Abstract

Read online

OBJETIVO: Caracterizar a atividade inflamatória articular e sistêmica na artrite idiopática juvenil (AIJ), determinando o estado de remissão com e sem uso de medicação. MÉTODOS: Um total de 165 casos de AIJ, acompanhados em média por 3,6 anos, foram revisados para caracterização de episódios de inatividade, remissão clínica com e sem medicação. Os dados obtidos foram analisados por meio de estatística descritiva, análise de sobrevida, comparação das curvas de Kaplan-Meier, teste de log rank e análise de regressão logística binária para determinação de fatores preditivos para a remissão ou atividade persistente. RESULTADOS: Dos casos revisados, 108 preencheram os critérios de inclusão: 57 pacientes (52,7%) apresentaram um total de 71 episódios de inatividade, com 2,9 anos em média para cada episódio; 36 episódios (50,7%) de inatividade resultaram em remissão clínica sem medicação, sendo 35% do subtipo oligoarticular persistente. A probabilidade de remissão clínica com medicação em 2 anos foi de 81, 82, 97 e 83% para casos de AIJ oligoarticular persistente, oligoarticular estendida, poliarticular e sistêmica, respectivamente. A probabilidade de remissão clínica sem medicação em 5 anos após o início da remissão foi de 40 e 67% para pacientes com AIJ oligoarticular persistente e sistêmica, respectivamente. Houve associação significante da atividade persistente com o uso combinado de medicações para artrite. A idade de início da AIJ foi o único fator preditivo para remissão clínica (p = 0,002). CONCLUSÃO: Nesta coorte, a probabilidade da AIJ evoluir para remissão clínica foi maior nos subtipos oligoarticular persistente e sistêmico, comparados ao curso poliarticular.OBJECTIVE: To characterize articular and systemic inflammatory activity in juvenile idiopathic arthritis (JIA), identifying remission status with and without medication. METHODS: A total of 165 JIA cases, followed for a mean period of 3.6 years, were reviewed in order to characterize episodes of inactivity and clinical remission on and off medication. The resulting data were analyzed by means of descriptive statistics, survival analysis, by comparison of Kaplan-Meier curves, log rank testing and binary logistic regression analysis in order to identify predictive factors for remission or persistent activity. RESULTS: One hundred and eight of the cases reviewed fulfilled the inclusion criteria: 57 patients (52.7%) exhibited a total of 71 episodes of inactivity, with a mean of 2.9 years per episode; 36 inactivity episodes (50.7%) resulted in clinical remission off medication, 35% of which were of the persistent oligoarticular subtype. The probability of clinical remission on medication over 2 years was 81, 82, 97 and 83% for cases of persistent oligoarticular, extended oligoarticular, polyarticular and systemic JIA, respectively. The probability of clinical remission off medication 5 years after onset of remission was 40 and 67% for patients with persistent oligoarticular and systemic JIA, respectively. Persistent disease activity was significantly associated with the use of an anti-rheumatic drug combination. Age at JIA onset was the only factor that predicted clinical remission (p = 0.002). CONCLUSIONS: In this cohort, the probability of JIA progressing to clinical remission was greater for the persistent oligoarticular and systemic subtypes, when compared with polyarticular cases.

Keywords