Psicologia em Estudo (Jul 2016)

HISTÓRIA, SUBJETIVIDADE E ARQUIVOS EM MICHEL FOUCAULT, PAUL VEYNE E GILLES DELEUZE

  • Flávia Cristina Silveira Lemos,
  • Dolores Galindo,
  • Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira

DOI
https://doi.org/10.4025/psicolestud.v21i1.29945
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 1

Abstract

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O artigo apresenta algumas ferramentas para a realização da história por meio da arqueologia, da genealogia e da cartografia com Foucault, Deleuze e Veyne. O trabalho com documentos e arquivos, na perspectiva da história da produção da subjetividade, é relevante para as pesquisas em Psicologia. O texto visa, com efeito, propor procedimentos gerais sobre os estudos históricos e apontar algumas recomendações aos que desejam manejar fontes, presentes em arquivos públicos e privados. A escrita histórica perpassa conceitos importantes para a crítica à naturalização de práticas sociais e, assim, permite operar espaços de liberdade onde pareciam existir evidências. Foucault foi nomeado, por isso, de destruidor de evidências porque delineava marteladas, a partir de Nietzsche, das camadas petrificadas dos saberes, poderes e subjetividades, os quais compõem dispositivos de governo das condutas, no presente. Assim, é possível analisar historicamente os acontecimentos em jogo, em um campo móvel e de forças heterogêneas. A história da verdade é uma problematização, a qual possibilita desnaturalizar os saberes, mover poderes e deslocar subjetividades. Historicizar é criar fissuras e espaços outros.

Keywords