Revista de Saúde Pública (Feb 2012)

Tuberculosis and latent tuberculosis in prison inmates Tuberculosis y tuberculosis latente en la población carcelaria Tuberculose e tuberculose latente na população prisional

  • Péricles Alves Nogueira,
  • Regina Maura Cabral de Melo Abrahão,
  • Vera Maria Neder Galesi

Journal volume & issue
Vol. 46, no. 1
pp. 119 – 127

Abstract

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OBJECTIVE: To estimate the prevalences of tuberculosis and latent tuberculosis in inmates. METHODS: Observational study was carried out with inmates of a prison and a jail in the State of São Paulo, Southeastern Brazil, between March and December of 2008. Questionnaires were used to collect sociodemographic and epidemiological data. Tuberculin skin testing was administered (PPD-RT23-2TU/0.1 mL), and the following laboratory tests were also performed: sputum smear examination, sputum culture, identification of strains isolated and drug susceptibility testing. The variables were compared using Pearson's chi-square (Χ2) association test, Fisher's exact test and the proportion test. RESULTS: Of the 2,435 inmates interviewed, 2,237 (91.9%) agreed to submit to tuberculin skin testing and of these, 73.0% had positive reactions. The prevalence of tuberculosis was 830.6 per 100,000 inmates. The coefficients of prevalence were 1,029.5/100,000 for inmates of the prison and 525.7/100,000 for inmates of the jail. The sociodemographic characteristics of the inmates in the two groups studied were similar; most of the inmates were young and single with little schooling. The epidemiological characteristics differed between the prison units, with the number of cases of previous tuberculosis and of previous contact with the disease greater in the prison and coughing, expectoration and smoking more common in the jail. Among the 20 Mycobacterium tuberculosis strains identified, 95.0% were sensitive to anti-tuberculosis drugs, and 5.0% were resistant to streptomycin. CONCLUSIONS: The prevalences of tuberculosis and latent tuberculosis were higher in the incarcerated population than in the general population, and they were also higher in the prison than in the jail.OBJETIVO: Estimar la prevalencia de la tuberculosis y tuberculosis latente en detenidos. MÉTODOS: Estudio observacional realizado de marzo a diciembre de 200 con 4.435 detenidos de una penitenciaria y de un centro de detención provisional del Estado de Sao Paulo, sureste de Brasil, entre marzo y diciembre 2008. Cuestionarios fueron utilizados para colecta de datos sociodemográficos y epidemiológicos. Prueba tuberculina fue aplicada (PPD-RT23-2UT/0,1ml), así como los exámenes de laboratorio: baciloscopia de esputo, cultivo de esputo, identificación y prueba de sensibilidad a las drogas antituberculosis. Las variables fueron comparadas utilizándose la prueba de chi-cuadrado de Pearson, prueba exacta de Fisher y la prueba de las proporciones. RESULTADOS: De los 2.435 detenidos entrevistados, 2.237 (91,9%) concordaron a se someter a la prueba tuberculina y de estos, 73,0% reaccionaron. El coeficiente de incidencia de la tuberculosis fue de 830,6 por 100.000 detenidos. Los coeficientes de incidencia fueron de 1.029,5/100.000 detenidos en la penitenciaria y de 525,7/100.000 detenidos en el centro de detención provisional. Las características sociodemográficas de los detenidos de los dos grupos estudiados fueron semejantes; la mayoría de los detenidos era joven y soltero con baja escolaridad. Las características epidemiológicas se diferenciaron entre las unidades prisonales, con mayor número de casos de tuberculosis en el pasado y de contacto previo con enfermo en la penitenciaria; y mayor número de tos, expectoración y hábito de fumar en el centro de detención. Entre las 20 cepas de Mycobacterium tuberculosis identificadas, 95,0% fueron sensibles a las drogas antituberculosis y 5,0% fueron resistentes a la estreptomicina. CONCLUSIONES: Las prevalencias de la tuberculosis y de tuberculosis latente fueron mayores en la población carcelaria que en la población general; y mayores en la penitenciaria que en el centro de detención provisional.OBJETIVO: Estimar a prevalência da tuberculose e tuberculose latente em detentos. MÉTODOS: Estudo observacional foi realizado com detentos de uma penitenciária e de um centro de detenção provisória do Estado de São Paulo, SP, entre março e dezembro de 2008. Questionários foram utilizados para a coleta de dados sociodemográficos e epidemiológicos. O teste tuberculínico foi aplicado (PPD-RT23-2UT/0,1ml) e os seguintes exames laboratoriais foram realizados: baciloscopia de escarro, cultura de escarro, identificação das cepas isoladas e teste de sensibilidade às drogas antituberculose. As variáveis foram comparadas utilizando-se o teste de associação qui-quadrado de Person (Χ2), teste exato de Fisher e teste das proporções. RESULTADOS: Dos 2.435 detentos entrevistados, 2.237 (91,9%) concordaram em submeter-se ao teste tuberculínico e destes, 73,0% foram reatores. O coeficiente de prevalência da tuberculose foi de 830,6 por 100.000 detentos. Os coeficientes de prevalência foram de 1.029,5/100.000 detentos na penitenciária e de 525,7/100.000 detentos no centro de detenção provisória. As características sociodemográficas dos detentos nos dois grupos estudados foram semelhantes; a maioria dos detentos era jovem e solteiro com baixa escolaridade. As características epidemiológicas diferiram entre as unidades prisionais com o número de casos de tuberculose no passado e de contato prévio com doente maior na penitenciária e tosse, expectoração e hábito de fumar mais comum no centro de detenção. Entre as 20 cepas de Mycobacterium tuberculosis identificadas, 95,0% foram sensíveis às drogas antituberculose e 5,0% foram resistentes à estreptomicina. CONCLUSÕES: As prevalências da tuberculose e da tuberculose latente foram maiores na população carcerária do que na população geral; e também maiores na penitenciária do que no centro de detenção provisória.

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